Todos os dias, a grande maioria das pessoas se levanta para trabalhar, buscam realizar todas as atividades da melhor maneira possível, entregar demandas no prazo e, enfim, voltar para casa. Quando gira a chave da porta, ainda encontram afazeres pela frente: limpar a casa, preparar uma refeição, cuidar das plantas, animais ou das crianças.
Algumas pessoas conseguem encontrar forças para ir à academia, pedalar pela cidade ou caminhar pelo parque. Para outras, falta energia para qualquer tipo de esforço adicional. Em meio à rotina atribulada, tem sobrado tempo para olhar com atenção como vai a sua própria saúde? Muitos tem se esquecido que isso precisa estar na lista de prioridades.
Essa é uma das premissas do Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quinta-feira (7), que promove a conscientização sobre necessidades relacionadas à qualidade de vida e reforça a importância da elaboração de políticas públicas voltadas à segurança e bem-estar da população.
No Dia Mundial da Saúde de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz um apelo urgente por uma ação acelerada dos líderes mundiais na proteção à saúde humana com foco na redução dos impactos da crise climática.
“Neste ano, o Dia Mundial da Saúde está dedicado à saúde das pessoas e do planeta, na percepção de que não tem como falar de saúde humana sem falar em preservação do meio ambiente e práticas sustentáveis. Está relacionado também ao bem-estar das sociedades”, explica a especialista em Gestão de Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Claudia Araújo.
No apelo, a OMS aponta que 99% das pessoas respiram ar insalubre, principalmente resultante da queima de combustíveis fósseis. Além disso, mosquitos têm espalhado doenças mais rápido e de forma mais eficiente em um mundo em aquecimento, segundo a OMS.
A entidade ressalta que eventos climáticos extremos, como a perda de biodiversidade, a degradação da terra e a escassez de água provocam deslocamento de pessoas, afetando diretamente na saúde dessas populações.
Em relação à nutrição, a OMS destaca que o consumo excessivo de alimentos e bebidas processadas contribui para o aumento da obesidade, desenvolvimento de câncer e doenças cardíacas.
A OMS defende que a pandemia de Covid-19 destacou falhas de desigualdade em todo o mundo, reforçando a urgência de criar sociedades sustentáveis e de bem-estar que não ultrapassem os limites ecológicos.
No manifesto são listadas orientações aos países, que incluem o investimento em serviços essenciais de água e saneamento com base em energia limpa em unidades de saúde, a transição energética rápida e saudável, promoção de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, construção de cidades saudáveis e habitáveis e a interrupção do financiamento de tecnologias associadas à poluição.
Em 1946, a OMS definiu saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.
Por CNN
Imagem: Reprodução Internet
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