O corte de recursos públicos proposto pelo Governo federal pode prejudicar a conservação e a restauração do patrimônio histórico. De um orçamento inicial do PAC das Cidades Históricas de R$ 250 milhões, está previsto um empenho de apenas R$ 56,7 milhões. Isto significa que mais de 78% foram bloqueados. As informações foram confirmadas pela assessoria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.
Infelizmente a notícia chega exatamente na data em que se comemora o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, que é celebrado no dia 17 de agosto, desde desde 1998, quando faria 100 anos o historiador e jornalista mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), fundador do Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1937.
O PAC das Cidades Históricas prevê obras em 20 estados Brasileiros, e somente em Minas são contempladas oito cidades, entre elas Serro e Diamantina. São obras de restauração de prédios e monumentos, requalificação urbanística de praças e de outros espaços públicos, entre outras.
“Um corte destes atinge em cheio Minas Gerais, uma vez que mais da metade do patrimônio histórico tombado está em nosso Estado”, lamentou o presidente da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais, José Fernando de Oliveira, que é também Prefeito da cidade de Conceição do Mato Dentro. Ele adiantou que a entidade vai se reunir na próxima semana quando deve divulgar um manifesto contrário aos cortes propostos.
José Fernando teme que os cortes e eventuais interrupções de obras prejudiquem o turismo. “A restauração e preservação de monumentos históricos dá nova dinâmica à visitação nestas cidades. “Paralisações vão trazer prejuízos ao comércio e hotelaria locais”, disse.
Por Hoje em Dia/Edição Folha
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