Segundo informações da assessoria de comunicação do município, a interrupção foi necessária em decorrência do período de chuvas. O setor informou ainda que a expectativa era que as chuvas só começassem em dezembro e não poderiam continuar porque as camadas precisam esperar por 72 horas sem molhar, mas que passado esse período, as obras retornarão.
Mas a moradora Maria do Perpétuo Socorro demonstra total insatisfação já que a rua que corta o asfalto, não tem calçamento e levou um verdadeiro lamaçal à porta de sua casa. O que também contribuiu, segundo ela, foi a abertura de ruas no Residencial Canaã. “Estão só abrindo ruas e com isso a terra está vindo toda para a minha porta. Já fotografei, fiz abaixo assinado e levei para o promotor. O acesso à minha casa está totalmente impedido, isso é uma falta de respeito”, desabafa a moradora.
A filha dela que mora ao lado, Thaís Ferreira de Almeida, também é uma das principais prejudicadas. “Nós moradores do bairro João Miranda estamos revoltados com a situação presente, pois devido a lama provocada pela abertura de ruas do Residencial Canaã, e o soterramento do tanque, ficou sem escoamento para a água da chuva, invadindo as nossas casas, dificultando o tráfego dos moradores, pois se trata da via principal, que dá acesso as demais localidades”, comenta.
Mãe e filha dizem ainda que a construção de uma rede de esgoto também foi o limite para o lamaçal. O proprietário do Residencial, Carlos Roberto de Andrade, deu a sua versão. “O SAAE trabalhou lá apenas um dia para a construção da rede de esgoto e ela é necessária. Os moradores precisam de rede de esgoto. Quanto às ruas, elas precisam ser abertas, eu tenho contratos a cumprir e a rua que levou toda essa terra para o asfalto só poderá ser asfaltada depois que for feita a rede pluvial, senão depois tem que quebrar tudo”, explica o dono da construtora.
O caso segue agora no Ministério Público através da ação movida pela moradora para que a prefeitura intervenha e dê respostas à população.
Por Samira Cunha
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