Teste ultrapassado, má qualidade dos serviços prestados pelas autoescolas e candidatos ansiosos e despreparados. A combinação desses fatores fez Minas Gerais alcançar uma marca preocupante.
Nunca tantas pessoas foram reprovadas no exame de direção para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Quase sete em cada dez candidatos levaram “bomba” na prova veicular feita em Belo Horizonte e região metropolitana, até outubro deste ano.
No interior do Estado, o índice negativo é praticamente o mesmo (65%), jogando por terra o mito de que é mais fácil tirar carteira em cidades pequenas.
Proporcionalmente, o número de testes em 2012 é praticamente o mesmo dos anos anteriores, o que ampara a marca negativa das reprovações.
A pressa é a principal causa da baixa aprovação, avalia o chefe da Divisão de Habilitação do Detran/MG, Anderson França Menezes.
Para o delegado, os candidatos se preocupam apenas em cumprir a carga horária. “O fator psicológico influencia, claro. Mas se estou bem preparado, consigo dominar a minha insegurança”.
O reduzido número de aulas práticas exigidas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) também é questionado. “É impossível alguém que nunca pegou um volante ficar pronto para enfrentar o trânsito e as armadilhas dele em tão pouco tempo”, diz França. Para marcar o exame de direção são obrigatórias 20 horas/aula.
Aqui em Guanhães, de acordo com um dos proprietários de uma auto-escola, a reprovação chega a cerca de 50% - e os fatores ansiedade e nervosismo são as principais causas.
Segundo ele, outro fator é o método utilizado pelos examinadores que é muito mecanizado e gera mais nervosismo, citando como exemplo os cones para os candidatos fazerem baliza.
Mudanças na preparação do candidato e nas provas devem ser anunciadas pelo Denatran até o segundo semestre de 2013. Uma nova resolução está sendo discutida pelo órgão.
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