A obra de duplicação da BR-381 pode estar ameaçada por causa da falta de repasse do consórcio Isolux/Corsán/Engevix, que terceirizou serviços. Empreiteiros subcontratados prometem fechar a rodovia, parar a obra e demitir funcionários caso não haja acordo.
Segundo um informante, que pediu anonimato, os empreiteiros prejudicados fizeram uma reunião com representantes da Isolux e entregaram uma ata com as reivindicações. Nessa quinta-feira (5), às 15 horas, eles pretendem ir até o escritório da empresa para negociar.
Caso não haja uma solução, cerca de 2.000 funcionários devem ser demitidos, a obra deverá ser suspendida e a rodovia fechada. “Queremos o pagamento de 50% dos serviços prestados com notas vencidas, desde maio até a próxima sexta-feira. O restante deve ser acertado em 15 dias”, explicou a fonte.
Eles foram informados que a empresa já recebeu pagamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e não repassou. “Eles (consórcio) já receberam R$ 42 milhões do Dnit”, afirmou o informante.
Na ata da reunião, o consórcio afirmou que tentará atender a solicitação dos representante das empresas, porém os porcentuais a serem pagos e as datas dependerão da disponibilidade de caixa da Isolux, e a novo encontro foi agendado para hoje, em Santana do Paraíso, no Vale do Aço.
Em fevereiro último, a Isolux, responsável por quatro lotes da obra (entre Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e Rio Una, na região Central) informou que os repasses do Dnit deixaram de ser feitos em novembro e que houve diminuição das atividades. O Movimento Nova 381 alegou que, no fim do ano passado, a obra tinha pouquíssimas máquinas e trabalhadores.
Segundo o consórcio, o Dnit retomou os pagamentos neste mês, e, “embora ainda falte parcela importante”, o ritmo seria regularizado. No fim da noite desta quarta-feira (4), a reportagem tentou falar com a Isolux, mas não teve sucesso.
O Dnit, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que tem conhecimento de que houve uma redução nas obras e vai notificar oficialmente a Isolux para retomar o ritmo normal, uma vez que os pagamentos já estão sendo colocados em dia desde novembro.
Por O Tempo
Foto: O Tempo
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