O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, sancionou ontem a Emenda Constitucional, que determina, de forma gradativa, o aumento salarial dos professores públicos do Estado.
Em cerimônia realizada no vão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o governador assinou o documento na presença de diversos secretários de governo, deputados e sindicalistas.
A decisão de realizar a assinatura da emenda constitucional em um ato público faz parte da nova estratégia adotada pelo petista para enfrentar as denúncias que ligam sua campanha ao empresário Benedito Rodrigues, investigado pela operação acrônimo.
O petista não falou diretamente sobre o caso, embora tenha sido cobrado por um único maifestante durante a cerimônia. O administrador Paulo Beningo, 56 gritou, por duas vezes, contra o governador, questionando suas relações com o empresário. Entretanto os professores presentes acabaram por abafar a voz do administrador com palavras de ordem.
"A cada acusação que fizerem contra nós, a cada calúnia lançada, a cada insinuação maldosa, nós vamos responder com mais trabalho, mais participação popular", discursou o governador. A tática de recorrer as bases sociais usada por Pimentel segue a linha traçada por Lula para dar fôlego ao PT.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sind-Ute), Beatriz Cerqueira compareceu ao evento e esteve ao lado do governador durante a cerimônia. Ela lembrou que outras reivindicações da categoria ainda serão abordadas.
"Nossas lutas por quinquênio, biênio, vale transporte e outras gratificações permanecem e o governador sabe disso. Tanto que em um acordo ele reconhece isso e a necessidade de outras negociações", afirmou, relatando que para o mês de julho três mobilizações estão agendadas.
Por O Tempo
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