Eleitores de 15 cidades mineiras podem voltar às urnas neste ano para escolher novamente um prefeito. Na maioria desses municípios, os políticos que venceram as eleições de outubro haviam sido denunciados por crimes diversos, concorreram por força de liminares, mas após o pleito tiveram suas candidaturas impugnadas em diferentes instâncias da Justiça eleitoral.
Em alguns dos casos ainda cabe recurso. Se as novas eleições forem confirmadas nessas 15 cidades, um contigente de 156 mil eleitores terá que votar novamente. A última a entrar na lista foi Espinosa, no Norte de Minas, cujo prefeito eleito teve a chapa cassada ontem (leia texto nesta página). Por enquanto, a data para um novo pleito foi marcada em apenas duas cidades: Biquinhas, na Região Central, e São João do Paraíso, no Norte de Minas, em 7 de abril. A maior cidade entre as 15 é Diamantina, no Vale do Jequitinhonha.
O que causou a impugnação da chapa do prefeito eleito, Paulo Célio (PSDB), foi a situação do vice, Gustavo Botelho (PP), que administrou o município entre 2001 e 2008 e teve a prestação de contas rejeitada. Enquanto a nova data não é marcada, quem comanda a cidade é o presidente da Câmara Municipal, Maurício Maia (PSDB).
A data do novo pleito em Diamantina deve ser definida na sessão plenária de hoje do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Também está na pauta do TRE-MG a marcação de nova eleição em Cachoeira Dourada, no Triângulo Mineiro. O prefeito eleito, Walter Pereira Silva (PTB), teve 60% dos votos válidos, mas foi impedido pela Justiça eleitoral de exercer o mandato.
Outra cidade em que os eleitores terão que voltar às urnas e aguardam uma decisão do TRE sobre a data é Rochedo de Minas, na Zona da Mata. O prefeito eleito, Sérgio Colleta da Silva (PP), obteve 55,17% dos votos válidos e também teve o mandato cassado pela Justiça eleitoral.
De acordo com a lei, quando o primeiro colocado consegue mais de 50% dos votos e é cassado, uma nova eleição é convocada. Se o total de votos válidos obtidos for inferior à metade do total, o segundo colocado na eleição assume o posto. Isso foi o que aconteceu em três cidades: Arcos, na Região Centro-Oeste; Corinto, na Região Central; e Senhora do Porto, no Vale do Rio Doce.
Sete cidades aguardam uma decisão final da Justiça Eleitoral para saber se terão um novo pleito: Camanducaia (Sul de Minas), Olaria (Zona da Mata), Novo Oriente de Minas (Vale do Jequitinhona), Capela Nova (Central), Verdelândia (Norte de Minas), Água Boa (Rio Doce) e Orizânia (Zona da Mata). Já em Piedade dos Gerais (Região Central) e Ibiá (Alto Paranaíba) a decisão cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com Portal UAI
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