Olimpíada e eleições devem reduzir de 92 para 55 o número de dias que os parlamentares trabalharão este ano
Com um calendário apertado em razão da realização da Olimpíada do Rio de Janeiro e das eleições municipais de outubro, os deputados, que entram em “recesso branco” a partir de hoje mesmo sem ter votado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), só vão trabalhar 55 dias até o fim deste ano.
Considerando a semana de trabalho de segunda a quinta-feira, os parlamentares deveriam estar presentes em 92 dias, até 22 de dezembro, data em que se inicia o recesso de fim de ano.
Cálculo feito pelo Estado de Minas leva em consideração a proposta do novo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta fazer com que os congressistas participem de votações pelo menos duas vezes por semana no período eleitoral e dos Jogos Olimpícos.
A expectativa é de que o Senado adote o mesmo cronograma da Câmara dos Deputados. Ainda não houve nenhuma conversa entre Rodrigo Maia e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tratar do assunto.
Em sua primeira entrevista como presidente, na quinta-feira da semana passada, Maia afirmou que não existia nenhum motivo para “o Congresso parar durante a Olimpíada”. Nos bastidores, os parlamentares consideram que a ideia do presidente pode vingar apenas em relação aos jogos, no entanto, dificilmente os deputados concordariam em abandonar as bases no período eleitoral. A Olimpíada ocorrem entre 5 e 21 de agosto.
Desta maneira, pelos planos de Maia, a segunda e terceira semana do mês seriam praticamente paradas. O “recesso branco” dos deputados e senadores vai de hoje a 29 de julho.
Para manter o Senado e a Câmara dos Deputados funcionando ao longo dessas duas semanas de folga, serão gastos cerca de R$ 327 milhões, segundo cálculo feito a partir dos valores autorizados no Orçamento Geral da União.
Por Estado de Minas /edição Folha
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