Após solicitação, a prefeita apresentou em sua defesa prévia, no mês de outubro, provas que segundo o diretor administrativo da Câmara, José Maria Ferreira Júnior, foram entendidas como protelatórias pela Comissão.
“A prefeita deu nome de prefeitos da região, deputado federal e vereadores como testemunhas, pessoas que não têm conhecimento dos procedimentos internos que acontecem dentro da prefeitura de Conceição”, explicou o diretor administrativo.
No sábado (3) um edital foi publicado no Diário Oficial do Estado, intimando a prefeita Nelma a apresentar até esta sexta-feira (9) outra defesa, com novas provas e testemunhas.
“O edital foi o último recurso que encontramos para intimá-la. Na primeira tentativa, o advogado de Nelma nos passou um endereço no qual ele não esta há cinco meses. Depois nos informou um novo endereço, na cidade de Lagoa Santa, mas ele não estava lá. Durante a última semana também tentamos intimá-la, mas não conseguimos. Fomos informados na segunda-feira (28/11), de que ela estaria em viagem, mas para a nossa surpresa, ela foi vista na cidade no dia seguinte, logo não quis nos receber”, esclareceu o funcionário da Câmara.
José Maria também informou que caso a nova defesa não seja apresentada até a data, o presidente da Comissão, José Fernandes Andrade (DEM), vai marcar um reunião para as alegações finais, onde os próprios membros da comissão vão poder escolher as testemunhas. Um advogado dativo também será escolhido para acompanhar o processo, se a prefeita não comparecer.
“Pela gravidade das acusações, caso o relatório final demonstre que houve improbidade administrativa, é possível que o plenário faça pedido pela cassação do mandato de Nelma”, disse o diretor administrativo da casa.
A Comissão Processante tem até 11 de janeiro para concluir o caso. Nelma não foi encontrada para comentar sobre o processo.
O caso
Essa é a segunda investigação contra Nelma desde a sua eleição, em fevereiro. Segundo informou o diretor administrativo da casa, José Maria Ferreira Júnior, no mês de agosto três denúncias de infrações políticas administrativas chegaram à Câmara, duas foram recebidas no dia 21 de setembro pela casa, e a terceira não foi aceita já que o denunciante não apresenta domicílio eleitoral na cidade. Após as denúncias, no mesmo dia foi feita uma votação em plenário, que decidiu pela criação de uma Comissão Processante.
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