Depois da polêmica do reajuste de 2% geral para os funcionários da prefeitura, dezenas de servidores públicos municipais lotaram o plenário da Câmara na noite de ontem, na expectativa de que o plano de cargo e salários fosse de fato votado e aprovado pelo legislativo; crise que vem se arrastando há mais de quatro meses depois que a maioria dos vereadores derrubou o projeto do executivo e mais uma vez, o funcionalismo saiu um frustrado da reunião.
Após um intervalo proposto pelo presidente da casa, Alberto Magno Dias, os vereadores decidiram adiar a aprovação do projeto até quinta-feira, dia 18. Para a maioria dos vereadores, o projeto que deu entrada na casa no dia 04 de agosto, em caráter de urgência e emergência, não teve tempo hábil para ser analisado, mesmo assim, a presidência da Câmara e as comissões permanentes comprometeram com a votação do projeto até quinta-feira, para que os benefícios sejam pagos ainda nesta folha de pagamento.
Segundo a assessora jurídica da Câmara, Lidiane Vasconcelos, os projetos de lei complementares não apresentaram, até o momento, nenhum fato que pudesse ser rejeitado ou ter parecer negativo das comissões permanentes, ou da assessoria jurídica do legislativo. A decisão em não aprovar o projeto partiu do consenso de todos os vereadores e de representantes do SINDSERPG- Sindicato dos Servidores Público Municipal de Guanhães.
A presidente do Sindicato, Maria Helena Godinho, disse que foi uma grande surpresa o executivo ter encaminhado o plano de cargos e carreira ao legislativo, uma vez que esta ação foi uma das principais reivindicações dos funcionários durante os últimos meses. Maria Helena, salientou ainda que as categorias estão satisfeitas com as propostas encaminhadas pela prefeitura, mas ainda é necessária uma análise mais concreta nos projetos.
Segundo alguns vereadores e funcionários, com a nova reformulação, alguns níveis e categorias tiveram um reflexo significativo. Exemplo dos professores e motoristas que foram os principais protagonistas desta história. O piso salarial exigido pelos professores, não foi atendido em sua totalidade, mas sinalizou certa satisfação da categoria, o piso salarial de professor P1 NE (nenhuma especialização) é de 777,00 por vinte cinco horas trabalhadas semanalmente. Já os motoristas terão um piso salarial de R$ 746,00 reais, nível 12.
Apesar do adiamento na votação, os projetos devem ser aprovados pelas comissões permanentes nesta quinta-feira.
Já as indicações, os vereadores mantiveram seu foco no patrolamento das estradas rurais, limpeza dos rios que cortam a cidade e ainda a questão do trânsito, a colocação de semáforos, mais uma vez foi pauta do expediente. O vereador Demétrio Ayala indicou a construção de faixas para pedestres em frente as agências da Caixa Federal e do Bradesco. Já os vereadores Dermeval de Pinho Tavares e Lucimar Pinto, solicitaram esclarecimentos do executivo quanto a supostas denúncias de irreguralidades na doação de lotes do município nos bairros Pito e Novo Cruzeiro.
Dermeval encaminhou ainda, um requerimento convidando o secretário municipal de agricultura, Alessandro Pereira e o presidente do CMDRS - Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável para debaterem sobre incentivos para os pequenos produtores rurais.
Os outros projetos de lei que deram entrada na casa, foram suspensos temporariamente pelo presidente Alberto Magno Dias e devem voltar em discussão, na próxima reunião ordinária no dia 05 de setembro.
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