José Martins Júnior (22), o Junim, foi condenado nesta quarta-feira (14), a 16 anos de prisão pela participação no crime de homicídio contra o
fazendeiro Isnard Carvalhaes, no dia 9 de dezembro de 2010,

Para o plenário também foi levado o envolvido Fernando Ferreira de Souza (24), mas em um acordo entre os advogados, ficou decidido por desmembrar os júris. O motivo seria dar aos réus, tempo igual para defesa e acusação.
Permanece foragido o considerado mentor do crime, Marcelo Júnior de Almeida (29). Todos serão levados a júri popular e neste primeiro dia, participaram três homens e quatro mulheres. Ainda não há informações sobre o agendamento do julgamento dos demais envolvidos.
Testemunhas
A primeira a ser ouvida foi a viúva de Isnard, Dorotéia Carvalhaes que por mais de duas horas relembrou os momentos vividos ao lado do marido e o dia em que recebeu a notícia de sua morte. A testemunha chorou enquanto respondia aos questionamentos e emocionou os presentes.
Outras duas testemunhas foram dois homens. Um deles contou que conheceu o réu criança e que nunca soube de qualquer comportamento criminoso do acusado. O outro deu algumas informações sobre Junim e a ex-companheira dele.
Também foi chamada a ex-companheira do acusado que em suas informações entrou em várias contradições. Irritado, o juiz chegou a dizer que se não fosse ela uma menor de idade, ordenaria sua prisão diante das inverdades apresentadas perante o judiciário.
Defesa
O comportamento do acusado chamou a atenção pela frieza. José Martins Júnior ficou permaneceu cabisbaixo, enquanto negava o envolvimento no crime.
O advogado de defesa, Cleuzo Salvino de Andrade tentou provar que seu cliente não esteve na cena do crime. E chegou a tentar convencer os jurados dizendo que o caso só tomou tamanha proporção devido às reportagens produzidas pelo Jornal Folha de Guanhães, que, segundo ele, deu dimensão grande demais ao caso.


Acusação
Foram contratados pela família como assistentes de acusação, os advogados Carlos Eduardo Goulart e José Arteiro Cavalcante Lima, também representante de Sônia de Fátima Moura, a mãe de Eliza Samúdio, no caso do goleiro Bruno. Eles vieram de Belo Horizonte e atuaram juntamente com o advogado de Peçanha, Carlos França.
O que contribuiu com a condenação do acusado e foi amplamente abordado pelos advogados foi o motivo torpe. Ao que concluíram, os três agiram com frieza e premeditação contra o idoso que debilitado e não permitia defesa contra os autores, o que levou que fossem acusados por homicídio duplamente qualificado.
Também foi colocado com muita intensidade o relacionamento que tinha a vítima com os acusados. Marcelo (foragido) era amigo de Isnard e frequentava a casa em qualquer hora do dia. Os três eram funcionários do fazendeiro e o abordaram tarde da noite. Marcelo teria chegado pedindo água e ao serem recebidos, começaram a agir contra a vítima.
Segundo o delegado de Junim, Cleuzo Salvino de Andrade, em conversa com a produção da Folha nesta quinta-feira (15), a defesa já está dando entrada com o recurso contra a decisão do judiciário.

Por Samira Cunha
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