Divinolândia de Minas- Após ocorrência registrada pela PM sobre a suspeita de um avô que teria abusado da neta, de 3 anos, que foi noticiado pela Folha, de acordo com as informações da corporação, a família da criança, procurou a reportagem para esclarecer o fato, que segundo eles, não procede.
Com o laudo médico em mãos, Edilaine Pereira da Silva, de 21 anos, mãe da criança, contou o que aconteceu no dia 31 de julho. “Pediram para eu ir o mais rápido possível para creche. Lá me falaram da suspeita, o Conselho Tutelar já estava presente, a PM já tinha sido acionada; me pediram apenas para acompanhar minha filha, que estava muito assustada por ver tantas pessoas, até a delegacia de Virginópolis”, explicou.
A mãe contou que antes de seguir para a delegacia, eles passaram no hospital, onde foi feito um exame médico que confirmou que não havia nenhum sinal de abuso. “O médico me falou que só fez o exame porque era necessário o laudo, já que minha filha não apresentava marca de assadura, nenhuma vermelhidão, muito menos alterações”, comentou.
Indignada, a mãe que estava acompanhada da irmã, Elaine Aparecida da Silva, desabafou: “desde que nasceu minha filha é criada com meus pais que são apaixonados por ela. Meu pai nunca trocou uma fralda ou deu banho na minha filha. Será que as pessoas não pensam que isso pode atrapalhar a relação de avô e neta. Ou até mesmo afetar meu pai psicologicamente? Estamos indignados”.
Segundo a tia da criança, um novo exame foi feito pelo médico perito da PC. “Se for preciso, fazemos mais 15 testes para provar que isso não é verdade, a criança não tem nada. Meu pai está mal com tudo isso. Como as pessoas julgam sem ter como provar?”, lamenta.
Em contato com a coordenadora da creche, a reportagem foi informada por ela, que nada poderia ser dito. “Só posso dizer que acionei o Conselho Tutelar, chamaram a polícia e a menina desde então não voltou mais pra creche”.
A delegada da PC de Virginópolis, Dra. Izabella Menegassi Dutra Santana, que recebeu o caso, deu seu posicionamento. “Nossa obrigação é receber a notícia é averiguar a veracidade. Nesse caso recebemos a ocorrência e também o laudo médico indicando que não havia qualquer tipo de lesão na criança. Não há nada concreto. A criança já passou pelo médico perito da PC e agora estamos aguardando o resultado”, esclareceu.
Santana ainda acrescentou, “nesse momento estamos fazendo uma diligencia pré-eliminar, uma averiguação, antes de colocar a pessoa como acusada. Se o laudo do IML constatar que não há nenhum tipo de lesão, não haverá instauração de inquérito, será arquivado”, finalizou a delegada do caso.
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