Resultado de características herdadas e do ambiente em que se vive, a voz é a ferramenta de comunicação mais imediata de interação com a sociedade.
Mas, apesar da importância, é um elemento do corpo com o qual se tem pouca ou nenhuma preocupação. Para chamar a atenção para os cuidados que se deve ter com a fala, celebra-se, no dia 16 de abril, o Dia Mundial da Voz.
“Dormir pelo menos oito horas por noite, alimentar-se bem e tomar pelo menos 1,5 litro de água diariamente são algumas das atitudes diárias que devemos ter para preservar a voz”, explica a fonoaudióloga Claudia Ligocki, presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 6ª Região (Crefono).
Observar sempre as mudanças na voz é uma das dicas que Claudia Ligocki dá para manter a fala saudável. “Nenhuma alteração vocal é normal. Por isso, é preciso consultar um médico para investigar o que está causando o problema”.
Recorrer a receitas caseiras e/ou pastilhas de menta e gengibre em momentos de rouquidão ou dor de garganta pode trazer piora aos sintomas, explica a articuladora regional do Departamento de Voz da 6ª Região da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Juscelina Kubitscheck.
“A maioria desses paliativos provoca uma anestesia do trato vocal, o que favorece o esforço e consequente prejuízo da voz”.
Condicionamento da voz previne alterações
Por meio da voz é possível perceber as condições físicas do indivíduo, bem como a idade e o estado emocional. Assim como o corpo, ela também passa por um processo de envelhecimento e pode ser mantida jovem por mais tempo caso receba os cuidados adequados.
Para aquelas pessoas que não gostam da própria voz, a especialista Claudia Ligocki explica que é factível promover mudanças para melhor com condicionamento do trato vocal.
“O fonoaudiólogo vai trabalhar com o paciente um ajuste do aparelho fonador, que é modificável assim como o resto do corpo. A voz pode ficar mais parecida com o biotipo, com o que a pessoa quer, com o cargo que exerce”, conta.
O uso inadequado da voz ter como consequência o surgimento de nódulos nas cordas vocais. Quando isso acontece, o tratamento adequado é a fonoterapia, conforme explica a fonoaudióloga Juscelina Kubitscheck.
“Dificilmente um médico indicará uma cirurgia para nódulo, a não ser que ele seja muito antigo e já esteja fibroso. Do contrário, o tratamento para a maioria dos casos é a fonoterapia, que vai promover a absorção desse nódulo. O primeiro passo é procurar um otorrinolaringologista”, observa.
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