Doença tem cura e, se tratada precocemente e de forma adequada, pode evitar incapacidades e sequelas
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica, causada por um bacilo, que tem preferência pela pele e os nervos periféricos e pode afetar qualquer pessoa. Para conscientizar a população, a Secretaria de Estado de Saúde promove neste mês a campanha “Janeiro Roxo - Conhecer e enfrentar a Hanseníase de Janeiro a Janeiro”.
A partir das ações educacionais, de comunicação e mobilização social, somada às estratégias de sensibilização dos profissionais de saúde, a campanha tem como foco divulgar informações sobre prevenção, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento, para romper com estigmas e discriminação que ainda giram em torno da hanseníase.
Segundo Marina Caldeira, coordenadora de Hanseníase da SES-MG, a estratégia da campanha é atingir os dois públicos-alvo. “Uma das frentes é o incentivo ao autocuidado, o diagnóstico e tratamento oportunos. A população precisa ter acesso a informações sobre hanseníase e estar atenta aos sinais e sintomas para procurar a unidade de saúde em tempo oportuno.”
A doença acomete pessoas nas mais diversas idades - incluindo crianças - independentemente de gênero. A progressão da doença é lenta, e seu período de incubação é prolongado e pode durar anos. A hanseníase tem cura e, se tratada precocemente e de forma adequada, pode controlar a transmissão e evitar incapacidades e sequelas.
A principal forma de prevenção é o diagnóstico precoce. Com o início do tratamento a pessoa deixa de transmitir a doença. O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.
O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é feito com medicamentos orais durante 6 a 12 meses, dependendo da forma clínica. O paciente deve comparecer mensalmente ao serviço de saúde para ser examinado, receber a medicação e orientações.
SINTOMAS
Os nervos dos membros inferiores, superiores e face vão sendo lentamente comprometidos, por isso as alterações podem passar despercebidas, muitas vezes só são detectadas quando já estão avançadas:
- Manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato:
- Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores;
- Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés;
- Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos;
- Coceira ou irritação nos olhos;
- Entupimento, sangramento ou ferida no nariz.
Por Agência Minas/Edição Folha
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