SES-MG afirma que as novas variantes são as responsáveis pelo aumento dos casos, internações e óbitos no estado
Use máscara. Esse é um alerta repetitivo, maçante, mas necessário, especialmente com o surgimento das novas cepas. Minas Gerais, assim como todo o país, já identificou a circulação de novas variantes do coronavírus, mais potentes e transmissíveis, o que vem gerando aumento dos casos, internações e óbitos no estado, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Na tarde dessa segunda (05), através do Portal Oficial de Notícias do Estado, autoridades da saúde reforçaram a importância de se escolher o tipo correto da máscara e usá-la adequadamente, cobrindo totalmente o nariz e a boca, além de seguir as recomendações de distanciamento social e uso do álcool em gel nas mãos.
“É um cenário nunca antes vivido no estado, é o pior momento da pandemia, muito vinculado às novas cepas que vem circulando por aqui”, alerta o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti.
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de bandanas, lenços, máscaras de plástico (conhecidas como face shields), máscaras de acrílico ou os modelos com válvula N95 ou PFF2 dentro dos aeroportos e aviões. Um dos objetivos da medida é tentar conter a transmissão comunitária das novas cepas entre os estados brasileiros.
"A máscara vai proteger o principal mecanismo de transmissão do vírus, que é a gotícula. Quando colocamos esta barreira física (máscara) no nariz e na boca, conseguimos reter na parte interna boa parte das gotículas quando falamos, tossimos e respiramos. Assim, diminuímos de forma significativa a troca destas gotículas entre as pessoas. Geralmente, máscaras simples de pano, tricô e outros materiais não profissionais têm uma capacidade muito baixa de filtrar o ar, não oferecendo a proteção necessária. O ideal é que as máscaras tenham pelo menos três camadas", explica Flávio de Souza Lima, médico infectologista da diretoria assistencial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
O infectologista ressalta a importância de se derrubar o mito de que a máscara promove um aumento de inspiração de gás carbônico a níveis acima dos tolerados pelo organismo, podendo causar algum tipo de problema. Muitas fake news circulam e acabam confundindo a população. Segundo Souza Lima, diversos estudos neste sentido já foram realizados. "Não há nenhum acúmulo significativo de gás carbônico e não há prejuízo para a saúde", frisa.
A utilização da proteção facial na prática de esportes, segundo o infectologista, também é recomendada. Ele diz que algum desconforto e aumento da fadiga é natural devido aos filtros impostos pela máscara, mas que o maior benefício é assegurar a proteção das vias aéreas de possíveis contaminações.
"Se a pessoa conseguir usar a máscara durante exercícios físicos, não há nenhum prejuízo para a saúde também. É esperado que a capacidade física possa cair um pouco. Se a pessoa tiver sinais de fadiga ou exaustão, ela diminui a carga de esforço", pondera.
Por Agência Minas/Edição Folha
Imagem Ilustrativa/Reprodução Internet
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