O Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado em 29 de agosto e criado em 1986 pela Lei Federal 7.488, alerta para os riscos que o cigarro pode causar à saúde. A data inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.
A luta contra os males causados pelo fumo inclui, agora, batalha contra a covid-19. O tabagismo, considerado pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é um dos fatores de risco para transmissão do coronavírus. Devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante tem mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.
Reconhecido como doença crônica, o tabagismo é causado pela dependência à nicotina, substância psicoativa presente nos produtos à base de tabaco, altamente cancerígena. De acordo com a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), o tabagismo integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais, em razão do uso de substância psicoativa. É também considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esse motivo, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos, além de serem acometidos com mais frequência por infecções respiratórias como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose.
Os impactos causados pelo tabagismo ultrapassam os limites dos danos individuais; repercutem no ambiente, na saúde pública e na economia. De acordo com a coordenadora de Promoção da Saúde e Controle do Tabagismo da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Nayara Resende Pena, 12,6% de todas as mortes que ocorrem no Brasil são atribuíveis ao tabagismo.
Pesquisa de comportamento da Fundação Oswaldo Cruz, feita em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, com finalidade de avaliar como a pandemia afetou ou mudou a vida das pessoas, mostra que houve um aumento do consumo de cigarros entre os fumantes. No Brasil, entre os fumantes que responderam, quase 23% aumentou cerca de dez cigarros por dia e 5% aumentou mais de 20 cigarros por dia durante a pandemia.
AJUDA
Em Guanhães, a pessoa que deseja parar de fumar e precisa do apoio profissional deve procurar sua Unidade de Saúde (PSF mais próximo de sua residência) para ser informada sobre quando será iniciado o próximo grupo de atividades. São organizados grupos fechados com um cronograma e acompanhamento por cerca de um ano.
Por Agência Minas/Edição Folha
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