Diante do alto número de casos notificados em todo o Estado, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta para a importância da adoção de medidas de prevenção e tratamento para os casos de sífilis. O uso de preservativos durante relações sexuais é a principal forma de prevenção, mas o diagnóstico e o tratamento precoces também são importantes para o controle da doença.
Em Guanhães, segundo o Setor de Vigilância Epidemiológica, o município, como as demais cidades mineiras, elaborou um Plano de Enfrentamento da doença, contemplando várias ações. No atual momento, a pasta está trabalhando na construção de um diagnóstico da Sífilis no município, já que se trata de uma doença altamente subnotificada. Esse diagnóstico será divulgado assim que estiver finalizado.
Ainda de acordo com a VE, o município também já está trabalhando na organização de capacitação para todos os profissionais que atuam nas Unidades de Atenção Primária, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos e agentes comunitários de saúde.
Sobre os testes rápidos capazes de diagnosticar doenças como a sífilis, a pasta informou que em breve eles estarão disponíveis em todas as unidades de saúde da cidade.
SOBRE A SÍFILIS
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida por meio de relação sexual. Em alguns estágios, não apresenta sintomas. Se não tratada a tempo, a doença evolui para formas mais graves, podendo comprometer o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular, os aparelhos respiratório e gastrointestinal, além de órgãos como olhos, pele e ossos. Em 2021, foram registrados 22.728 casos de sífilis no estado. Em 2020, foram 19.510.
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, conhecida como transmissão adquirida, ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto, classificada como transmissão gestante e congênita.
Os sintomas variam de acordo com o estágio da infecção no organismo do indivíduo. Em sua primeira fase é caracterizada por uma úlcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus e boca).
Já a fase secundária surge em média entre seis semanas e seis meses após a infecção. Nesse caso, podem ocorrer erupções cutâneas. A fase terciária manifesta-se na forma de inflamação e destruição tecidual. Nesse caso, é comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular.
Especificamente para a gestante, a detecção precoce da sífilis é essencial para evitar a transmissão vertical e consequentes malformações no feto, complicações como nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, pneumonia, anemia e até acometimento cerebral.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico pode ser realizado por meio do teste rápido, com a coleta de uma gota de sangue da polpa digital. Caso o resultado seja reagente, uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para a realização de um teste laboratorial para a conclusão do diagnóstico.
Por Folha com Agência Minas
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