Depois de meses de disputa judicial, o Ministério do Trabalho divulgou a chamada "lista suja" do trabalho escravo. São 68 empregadores acusados de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão. 25 deles estão em Minas Gerais, o que corresponde a um terço do total.
Segundo o documento divulgado pelo Ministério do Trabalho, entre as empresas que constam na lista suja, duas estão situadas em Conceição do Mato Dentro, ambas do ramo da construção civil. Uma delas é a segunda firma do país na escala de empregadores com o maior número de trabalhadores envolvidos: 53.
A lista suja do trabalho escravo ficou por mais de dois anos sem ser publicada, depois de ser questionada na Justiça. Porém, mesmo depois de liberada, o atual ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, decidiu não divulgar os nomes alegando insegurança jurídica para as empresas e formou um grupo de trabalho, ainda em andamento, para criar novas regras para o cadastro. O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação para forçar a publicização.
Uma ação da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) questionou a lista suja no Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2014.
No início de fevereiro, o juiz Rubens Curado Silveira, da 11.ª Vara do Trabalho de Brasília, manteve liminar que obrigava o governo federal a publicar em até 30 dias o Cadastro de Empregadores flagrados com mão de obra análoga à de escravo. A lista, no entanto, só foi publicada este mês.
Acesse o link e confira o nome de todas as empresas que constam na ‘lista suja’: http://trabalho.gov.br/component/content/article?id=4428
Por Folha com Agência do Estado e Informações O Globo
Foto: Reprodução Internet
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