Dois dos quatro campi da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) terão cursos cortados por falta de recursos. Ao menos por enquanto, os cursos do campus de Teófilo Otoni ainda permanecem fora da ‘degola’, no entanto, o mesmo não pode ser dito quanto aos 800 alunos de Unaí e Janaúba que podem ser prejudicados com a medida.
Um dos cortes será no bacharelado em Ciências Agrárias, em Unaí, que tem duração de três anos e funciona com um ciclo básico, que prepara o aluno para quatro habilitações: Agronomia, Engenharia Ambiental, Medicina Veterinária e Zootecnia. A primeira turma ingressou na universidade em 2014 e estava prestes a seguir para as habilitações.
Com os cortes, os alunos não podem dar sequência aos estudos, pois não sabem quais cursos continuarão existindo. A situação é a mesma no campus de Janaúba, especialmente na graduação em Engenharia. O curso também funciona com um ciclo básico para quem pretende ingressar nas habilitações Engenharia de Minas, Materiais, Metalúrgica e Industrial.
Parecer
De acordo com a universidade, o Ministério da Educação informou que a pasta está sofrendo um corte de quase R$ 4 bilhões neste ano. Porém, o MEC não divulgou qual foi o corte específico na UFVJM, mas alega que cada instituição é responsável por definir como será a adequação do orçamento.
Por sua vez, a UFVJM alega que não é possível direcionar os cortes para outros setores da instituição, pois todos os outros investimentos já estão parados, como, por exemplo, as obras no campus de Diamantina.
Sobre a situação dos cursos, o reitor da UFVJM, Gilciano Saraiva Nogueira, afirmou que a universidade está em processo de negociação com o MEC e aguarda um parecer sob a liberação de mais 15 docentes para continuação dos cursos em Unaí. O reitor afirma que, no entanto, que só será possível dar continuidade para apenas duas habilitações.
De acordo com o calendário acadêmico da UFVJM, as aulas nas habilitações específicas estavam previstas para começar em maio. Mas como não há uma previsão de quando sairá o parecer do MEC, não é possível estimar quando a situação dos cursos será resolvida.
Por Diário de Teófilo Otoni/Edição Folha
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