O governador Romeu Zema se reuniu, na tarde dessa segunda-feira (29/3), com representantes do setor produtivo de diversas regiões do estado. O objetivo do encontro, realizado de forma virtual, foi ouvir as demandas de associações e federações comerciais e debater as ações adotadas pelo governo na onda roxa do plano Minas Consciente, cujo objetivo é conter o avanço da pandemia do coronavírus no estado.
A ACIG – Associação Comercial e Industrial de Guanhães, por meio da presidente Tereza Teixeira, participou do momento. À reportagem da Folha, ela disse que compreende a gravidade do momento, mas também entende que os comerciantes precisam retomar suas atividades:
“A situação está complicada em todo o Estado, os Presidentes de Associações Comerciais passando pelas mesmas dificuldades e muitas falências de empresas. Todos pedimos Socorro ao Governador, os comerciantes querem ajudar nesta pandemia e com certeza o vão, contudo precisam trabalhar, manter seu CNPJ e suas famílias”, afirmou.
Segundo informações divulgadas no Portal Oficial do Governo, o governador ressaltou que a atual situação da pandemia é difícil, com o aumento do número de casos e óbitos pela doença em Minas Gerais, e que as medidas mais restritivas, neste momento, são necessárias para que o sistema público de saúde consiga atender os mineiros.
“Queremos deixar claro aqui a nossa disposição ao diálogo. Tenho, por diversas vezes, encontrado com os representantes do setor produtivo. Estas medidas mais extremas da onda roxa só vieram a acontecer um ano após o início da pandemia e entraram em vigor como última alternativa para que tenhamos condições de salvar vidas nos hospitais”, afirmou Romeu Zema.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, os resultados destas ações, juntamente com o avanço do processo de vacinação, vão possibilitar a diminuição das restrições o quanto antes. O secretário também detalhou a situação do sistema de saúde estadual e o esforço do governo em reforçar o atendimento à população.
“A onda roxa em todo o estado foi necessária pela primeira vez devido ao colapso do nosso sistema, onde não conseguimos mais movimentar os pacientes entre as regiões. Atualmente, temos mais de 800 pessoas na fila por uma vaga de UTI”, afirmou Baccheretti, ressaltando a necessidade das medidas mais restritivas.
Medidas
Na última quinta-feira (18/3), o governador anunciou medidas de socorro econômico a comerciantes e empresários. Entre elas estão a possibilidade de parcelamento de débitos junto à Cemig e à Copasa e a ajuda às empresas via Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Alguns pontos estão em negociação e aguardam aprovação de outros órgãos, como a postergação do pagamento do Simples, em análise pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), e a proposta de regularização de dívidas de ICMS, o Refis, em análise pela Assembleia Legislativa de Minas.
Por Folha com Informações Agência Minas
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