Sabendo disso e da infinitude do amor maternal, vamos compartilhar um pouco desse sentimento ao contar a história de uma guanhanense de coração que escolheu dar amor apesar dos desafios que surgiram a partir de uma linda adoção.
Alessandra Martins Padilha, 44 anos, sonhava em ser mãe, e sabendo que o marido Mauricio Bicalho não poderia ter filhos, decidiu não tentar os métodos de reprodução assistida, para evitar sofrimentos, assim, o casal resolveu partir para a adoção.
“Fui ao Fórum de Guanhães, onde me informaram a documentação necessária para a adoção. Em janeiro de 2014, com a documentação em mãos, entrei na fila e nove meses depois, já éramos pais”, compartilhou.
Alessandra contou ainda que quatro meses depois, após visita de uma assistente social e de uma audiência, o pequeno garoto de 3 anos e meio de uma outra comarca ( nome será preservado), já estava com a certidão de nascimento com o nome dos pais adotivos.
Mas, logo no início, todo aquele sonho deu lugar a frustração. O casal descobriu, após passar por médicos, que a criança, além da desnutrição informada na adoção, era especial: sofria de transtorno global de desenvolvimento e hiperatividade.
“E eu pensava: e agora como vou atuar com todo esse histórico sofrido? Tantos planos, a vontade de ser mãe de uma criança e um sonho que me aparece cheio de desafios?”, explicou argumentando ainda que se via triste e sofria já que, por causa da doença, seu filho não falava e ainda usava fraldas.
Mas o que são os desafios, quando se tem amor, e esse não falta na relação do casal junto ao seu filho. Hoje, ser mãe é muito maior do que qualquer desafio para Alessandra. O seu pequeno, de seis aninhos, está no 1º ano do ensino regular e é como qualquer outra criança, só que precisa de alguns cuidados como fisioterapia, fonoaudióloga, psiquiatra, e recentemente faz acompanhamento com um geneticista.
“Ele é um presente de Deus, muito inteligente e carinhoso, tenho certeza que ele veio para me ensinar muita coisa. Quando ele acorda, me dá bom dia e fala “mamãe linda”, ah isso apaga todo sofrimento, também quando o vejo chamando o meu marido de amor, imitando a forma que falo com ele, é incrível, não tem como nem descrever”, se alegrou.
Sobre a dádiva de ser mãe, Alessandra garante que vale muito a pena. “A única diferença é que a mãe biológica não tem outra opção a não ser amar, no nosso caso é diferente optamos por amar, escolhemos com o coração. Quando ele nos olhou, nos conquistou. Só quem é mãe sabe como estou me sentindo, a gente comemora a cada pequena evolução, tudo isso nos faz muito felizes”, explicou.
A família agora espera encontra na cidade os cuidados que a escola regular não permite. Há um ano a família busca por uma vaga na APAE, que ainda não foi viabilizada. Alessandra acredita que só após a inserção do seu filho na Associação, ele vai ter uma melhor qualidade de vida devido à estrutura e os profissionais que ela possui.
Por Folha
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