Pesquisadores da Fundação Dom Cabral (FDC) fizeram um mapa dos pontos críticos de rodovias que cortam Minas Gerais e a conclusão apontou para a necessidade de mais investimentos no futuro para mudar a realidade de acidentes e mortes nas estradas. Os dados são de um raio-X de 200 mil quilômetros de rodovias feito no país que mostrou que quase a metade delas - 45,3% - está em condições ruins.
As estradas mais críticas são as que não têm acostamento, a pista é simples e falta sinalização. É onde acontece a maior parte dos acidentes no Brasil. A BR-381 no trecho que vai de Minas para o Espírito Santo é uma delas. A esperada duplicação até já começou há cinco anos, mas as obras vêm se arrastando, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não tem previsão de quando serão entregues. No ano passado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mais de 200 pessoas morreram em acidentes nessa estrada.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), dos 9.224 quilômetros de estradas privatizadas, 3.330 quilômetros precisam ser duplicados, mas somente só 570 estão prontos.
A previsão dos pesquisadores é de uma piora significativa das estradas, em um futuro bem próximo, mesmo com os investimentos programados. “Essa foi uma descoberta muito assustadora. Se nada novo for feito, se for concluído somente o que está prometido, o Brasil, ainda assim, chega em 2025 numa condição pior do que a de hoje”, completou o professor.
A ANTT informou que as concessionárias que não cumprem prazos de duplicação das rodovias concedidas podem ser multadas ou perder a concessão.
Sobre a duplicação da BR-381, o Dnit informou que os atrasos foram provocados pela complexidade da obra e pela restrição orçamentária.
Por G1/Edições Folhas
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