Há sete anos nascia no bairro Nossa Senhora Aparecida o bloco de carnaval “Alô Guanhães”, composto pelo presidente Vanderlei Ferreira, presidente de honra, Alessandro Matias (Leco) e diretor/compositor José Geraldo Pereira (Lado). Atualmente a Alô Guanhães é presidida por Albert Alves, após ter Vanderlei Ferreira na presidência até o ano de 2015.
Segundo Alessandro Matias os encontros do bloco aconteciam na quadra da E.M Dr. Inocente Soares Leão até o bloco se tornar escola de samba. Alessandro conta que o bloco, fundado em 2010, desde o início, teve o apoio de todo o bairro que sempre comparecia e ajudava em peso nos ensaios.
O nome veio em uma reunião que antecedia um encontro na Prefeitura para oficializar a criação do bloco onde “Lado” sugeriu o nome de “Alô Guanhães” e todos concordaram.
Em 2011, houve por meio de votação, a decisão do bloco se tornar escola de samba e, por esse motivo, Alessandro e José Geraldo se afastaram da então escola: “nós acreditávamos que o bloco ainda não estava pronto para virar escola, por esse motivo nos afastamos da diretoria, mas nunca deixamos de ajudar”, explica Alessandro.
Depois da mudança os encontros foram transferidos para a Praça da Padaria Brasil ,local que, ao longo dos anos, reuniu centenas de pessoas e ficou conhecido pelos ensaios da Alô Guanhães. A Escola, segundo Leco, já chegou a desfilar com 300 pessoas e o bloco já teve a participação anual de cerca de 150 pessoas.
Alessandro e José Geraldo continuaram como coadjuvantes da escola por dois anos, até que em 2013 fundaram o bloco Fênix. Segundo Alessandro, que hoje é presidente do bloco, o nome Fênix também foi sugestão de seu cunhado Lado: “estávamos há dois anos participando do carnaval de forma implícita e ai quando fundamos o nosso bloco era como se tivéssemos ressurgido das cinzas e, por isso, o Lado sugeriu Fênix” conta.
Leco, como é conhecido, esclareceu que apesar das diferenças entre um bloco e uma escola de samba, a Fênix e a Alô Guanhães andam em sintonia e também o mesmo sentimento pela maior festa popular brasileira.
“O Carnaval é emoção, é uma festa para o povo, uma coisa que não pode acabar. O bairro Nossa Senhora Aparecida e todos os envolvidos no bloco e na escola tem esse espírito, a paixão pelo carnaval e fazemos com amor, quando fazemos com amor tudo fica lindo”, compartilhou.
Quando questionado sobre a não realização do Carnaval por meio da prefeitura em 2017, o amante da folia opinou: “Acho que com essa crise e a falta de dinheiro contribuiu muito para não ter a Festa de Momo. O Carnaval tem um gasto muito grande, como as escolas e os blocos não têm espaço para trabalhar durante o ano fica difícil depender de algum recurso da prefeitura”.
O presidente do bloco Fênix deixa claro que o período sem Carnaval complica um pouco a volta, mas que não descarta retornar a avenida: “começar de novo é muito complicado, ficar tanto tempo sem sair acaba esfriando o pessoal, mas não digo que não voltaremos. No calor do momento, acho que se nos reunirmos e a Prefeitura der a estrutura fica mais fácil, nosso espírito carnavalesco não nos deixa de fora”, finaliza.
Por Folha
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