Depois da divulgação de um jornal da administração pública, onde uma reportagem informa que o templo religioso teria sido construído em 1811, populares começaram a questionar o porquê de, a pouco menos de dois meses do fim do ano, não se ouviu dizer em comemoração bicentenária.
Segundo informações do setor de comunicação da prefeitura, responsável pelas reportagens do jornal que divulgou o ano de 1811, a igreja teria sido construída nesse ano, como capela e em 1834, concluída então a construção da igreja. Informação que mais uma vez leva a crer que 2011 é o ano do bicentenário.
Para a produção desta reportagem, a Folha entrou em contato com o padre da cidade, Saint'Clair, que foi enfático. “Não tenho informação nenhuma sobre isso”. Perguntado sobre a existência de algum documento que comprove a data, ele disse que existe um livro que talvez informe, mas que, na verdade, não sabe informar ao certo e desconhece outra fonte segura.
A Igreja Matriz, localizada à Praça JK, foi tombada como patrimônio histórico municipal pela Lei 1.914, de 22 de dezembro de 2000. Além de ser símbolo da religiosidade típica de interior, a igreja é também atração turística e após votação pública no concurso de 2010, foi indicada como uma das sete maravilhas de Guanhães, ficando em sétimo lugar.
De acorodo com Geralda Marta, que é membro do Conselho do Patrimônio, existe uma verba que precisa ser investida no templo da Matriz, até o final deste ano, mas sobre a data de construção, também não conseguiu nenhuma fonte segura. “Já procuramos o padre para saber se existe algum registro da igreja católica para sabermos ao certo, mas ninguém confirma. Então, também ficamos sem ter certeza. Da verba que chegou para o conselho investir neste ano, R$ 21 mil é para a Igreja Matriz. Só precisamos saber o que eles definiram como prioridade, pois o dinheiro não dá para uma reformar geral”, conta Geralda.
O conselho foi convidado pela igreja para uma reunião na terça-feira (1º), mas ainda não há informações se neste encontro foi tratada questão do investimento na reforma que talvez possa ser a única demonstração comemorativa, caso este seja mesmo o aniversário de 200 anos da igreja. Caso a verba não seja utilizada dentro do prazo, Guanhães perde o direito de utilizá-la.
Bom, já que ninguém tem informações sobre a verdadeira data, a Folha está pesquisando, e uma nova reportagem será feita para informar a população.
Por Samira Cunha
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