A situação do prédio da Escola Estadual São Joaquim, em Conceição do Mato Dentro, já virou pauta dos jornais do estado. Uma matéria divulgada hoje pelo Hoje Em Dia relata a precariedade do local, situação apontada pelo Ministério Público Estadual (MPE) desde 2011.
Diante da falta de providências para que alunos, professores e funcionários não corram riscos dentro do imóvel, as atividades na instituição de ensino foram suspensas na sexta-feira passada.
A recomendação partiu do promotor Marcelo Mata Machado. Com as portas da escola fechadas, cerca de 1.300 alunos, 800 do ensino médio e o restante do fundamental, estão sem aulas. A previsão é a de que a Superintendência Regional de Ensino em Diamantina, braço da Secretaria de Estado de Educação (SEE), só libere recursos para o aluguel de outros imóveis em 45 dias.
Até lá, todos os estudantes – e, em especial, os que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para o vestibular – não terão onde aprender. O Conselho de Pais e Alunos fez uma manifestação pelas ruas da cidade, na última segunda-feira (22), cobrando agilidade na liberação da verba.
No teto de uma das salas do imóvel, há um painel de 1790 bastante danificado. A pintura foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1948, o que aumenta a burocracia para a reforma do sobrado da rua Daniel Carvalho, no Centro.
Construído para servir de moradia, o prédio funciona como instituição de ensino desde 1910 e também é tombado pelo patrimônio municipal. Ele foi comprado pelo Estado no fim de 2007.
Segundo informações do jornal, os problemas são muitos: parte do teto ameaça desabar e a fiação elétrica antiga, com isolamento de pano, exposta e cheia de gambiarras, aumenta o risco de incêndio.
As trincas nas paredes são o sinal de que a estrutura do imóvel está abalada. O reboco está desmanchando, buracos no piso de madeira foram tampados de forma improvisada e janelas e portas estão quebradas. Além disso, há apenas uma saída, o que ameaça a vida das pessoas em uma situação de incêndio ou pânico.
“Os transtornos causados pelo fechamento da escola são muitos, mas foi impossível não tomar essa medida drástica. Houve um curto-circuito na parte do imóvel considerada de melhor estrutura. Portanto, a chance de um incêndio na área mais danificada é grande”, lamenta o especialista em patrimônio histórico Alexandre José de Assis, membro do Conselho de Pais e Alunos.
Com informações Portal Hoje em Dia
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