A promotora ouviu alguns detentos e também enviou as reivindicações ao delegado Eduardo Almeida que respondeu em ofício.
Atendimento médico
Sobre as reclamações da falta de atendimento médico aos detentos, o delegado explicou, segundo a promotora, que semanalmente, sempre às segundas-feiras, o agente pergunta quem está precisando de atendimento e faz uma lista com sete presos. Depois é feito contato com a Polícia Militar que transporta os presos ao posto de saúde do Agroder, no período da manhã das sextas-feiras. “Esse é o atendimento eletivo, mas os de urgência são feitos normalmente, de acordo com as necessidades. Sabemos que ainda é pouco, mas pelo menos não está acumulando. E a gente sabe também que a população inteira está sofrendo com a falta de médico. Vemos pessoas livres que vão ao PSF e às vezes voltam sem atendimento”, diz doutora Josiane.
Além desses atendimentos médicos, os detentos que dependem também de atendimento psiquiátrico são periodicamente levados ao CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.
Alimentação
Segundo a promotora Josiane Moreira Soares Malaquias, o delegado informou que no final do mês de janeiro, foi feita vistoria e constatado que as refeições não apresentavam nenhuma aparência de estragada e a cozinha onde são preparadas estava em ordem, com os alimentos acondicionados de forma correta.
Algumas solicitações de substituição de cardápio, feitas pelos próprios detentos, também foram atendidas, de acordo com o delegado. “Não está tento nada de irregular na prestação de alimento e atendimento médico. Mas é uma cadeia pequena, não é lugar de cumprir pena. O ideal seria uma penitenciária com médico, dentista, nutricionista, para garantir com mais qualidade os direitos deles”, comenta a promotora.
Por Samira Cunha
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