Diante da antecipação do surto de gripe H1N1 identificada em São Paulo, o Ministério da Saúde vai permitir a antecipação da vacinação contra a doença. Ao contrário do que ocorria em outros anos, estados interessados poderão começar a imunizar grupos considerados mais vulneráveis antes da campanha nacional, que terá início em 30 de abril.
Assim que o imunizante começar a chegar, a vacinação já poderá ser feita, a critério de cada governo. Em São Paulo, o primeiro lote está previsto para ser liberado nesta sexta-feira. Nos demais, a partir de segunda-feira (04/04).
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a campanha não será antecipada no estado e seu período será compreendido de 30 de abril a 20 de maio, com o dia D para 30 de abril.
"Minas Gerais, até o momento, apresenta um quadro dentro do esperado para a sazonalidade da Influenza. Contudo, Minas enviou um alerta epidemiológico para as unidades de saúde, com o objetivo de informar e sensibilizar os profissionais da assistência (Unidades Básicas de Saúde), bem como das demais portas de acesso dos serviços de saúde sobre o período de sazonalidade da Influenza", informa a SES-MG.
Colateral
A antecipação traz um efeito colateral: os efeitos do imunizante se estendem pelo período de um ano. Isso significa que, quanto mais cedo a vacina for usada, mais cedo a pessoa se tornará suscetível. "Temos consciência disso. Mas temos uma fogueira queimando. O incêndio tem de ser apagado agora”, disse Boulos.
A vacina contra a gripe é produzida pelo Instituto Butantã, em São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, essa é a razão para o governo paulista receber o imunizante antes de outros Estados. No caso do restante do País, o produto é enviado para Brasília, que se encarrega de fazer a distribuição.
Ao todo, serão seis remessas do imunizante. As primeiras três deverão ser feitas entre os dias 1º e 15 de abril. Nesse período, serão distribuídos 25 milhões de doses, o equivalente a 48% de toda a demanda.
A mudança da estratégia para vacinação deste ano para H1N1, no entanto, é feita com uma condição. Os Estados deverão reservar pelo menos 30% do total do imunizante para usar no Dia D (30 de abril). O Ministério da Saúde julga indispensável manter a campanha, que todos os anos tem potencial para atingir grande parcela do público-alvo.
Por Estado de Minas/Edição Folha
Foto: Reprodução Internet
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