O representante da Centaurus, empresa responsável pelo empreendimento de minério de ferro do Projeto Jambreiro, totalmente instalado em São João Evangelista, compareceu a reunião da Câmara, na segunda-feira (5), para prestar novos esclarecimentos sobre o andamento do projeto.
O Gerente Geral de Meio ambiente, Saúde e Segurança, Bruno Scarpelli, focou na explanação sobre os impactos gerados e os programas que atendem a esses impactos.
Respondendo às perguntas do público, deixou claro que existe preocupação com a recuperação do meio ambiente. O projeto está instalado numa área da Cenibra e segundo Scarpelli, existem dois programas principais que tratam a necessidade de recuperação, mas todos os programas partem da minimização desses impactos e degradações. Ele esclareceu que conforme as áreas forem sendo liberadas das atividades, começarão os trabalhos de recuperação. “É uma propriedade da Cenibra, então o que é eucalipto, o objetivo é que após as atividades, volte a ser eucalipto”, esclareceu.
Meio Físico, Meio Biótico e Meio Socioeconômico foram os três eixos apresentados com os impactos e programas distribuídos. O assunto mais questionado pelo público foi a geração de emprego. Segundo Scarpelli, as contratações devem começar em março de 2013, mas antes disso, a empresa irá oferecer cursos de capacitação aos interessados.
As capacitações devem começar no mês de novembro e terá duração de quatro meses, em média. “Para os cursos, o nosso primeiro passo é identificar os interessados, através da divulgação e inscrições. Vão ser escolhidos somente residentes de Guanhães ou São João Evangelista. Não é interessante fazer essa capacitação agora, senão eu treino muito antes, terei uma massa qualificada e essas pessoas vão procurar emprego em outro lugar. O segundo critério é que a pessoa tenha um bom currículo”, explicou.
A expectativa é que 1.200 pessoas sejam contratadas para o período das obras, que durará um ano; e ouras 400 serão contratadas durante a operação que deve durar dez anos, podendo ser estendida. Os contratados para essas vagas serão os aprovados nos cursos de capacitação da empresa. “O candidato tem que ser no mínimo alfabetizado. Não vamos exigir um 3º grau, porque existem muitos funcionários na construção civil, por exemplo, só com a quarta série, mas com muito mais capacidade do que outros com formação em nível superior”, informa sobre o nível de escolaridade a ser exigido nas diversas áreas.
Os clientes em potencial para essa extração são empresas siderúrgicas das cidades de Timóteo, Ipatinga e João Monlevade. Ainda não foi fechado contrato com nenhuma empresa.
Por Samira Cunha
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