BR-381 lidera pontos de vulnerabilidade de exploração sexual de crianças e adolescentes em MG
Minas Gerais tem 313 pontos vulneráveis de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais. O número, que cresceu 24,21% em relação a 2012, coloca o estado, mais uma vez, como o campeão dos abusos, no levantamento divulgado nesta terça-feira (25), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
É a sexta vez que o estudo, realizado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Childhood Brasil, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, é publicado.
Em Minas Gerais, os pontos foram identificados em 15 rodovias federais, sendo as BRs - 040, 050, 116, 135, 146, 153, 251, 262, 267, 354, 364, 365, 381, 459 e 488. Ao todo, são 49 pontos críticos, 54 de alto risco, 77 de médio risco e o restante de baixo risco.
A rodovia federal em Minas que mais concentra pontos de vulnerabilidade é a BR-381, com 125 locais. Na sequência, também aparecem as BR-040 (34) e BR-116 (23).
Estudo
Os Pontos vulneráveis são ambientes ou estabelecimentos onde os agentes da polícia rodoviária federal encontram características - presença de adultos se prostituindo, inexistência de iluminação, ausência de vigilância privada, locais costumeiros de parada de veículos e consumo de bebida alcoólica - que propiciam condições favoráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes.
Sudeste
A região sudeste do Brasil foi apontada como a região com mais pontos de vulnerabilidade, com 494 áreas mapeadas, Em segundo lugar, aparece o nordeste, com 475 pontos propícios à exploração sexual de crianças e adolescentes, seguido das regiões sul (448), centro-oeste (392) e norte (160). Minas Gerais, Bahia e Pará lideram na quantidade absoluta de pontos críticos ou de alto risco.
Do total de pontos de risco de exploração sexual mapeados (1.121 pontos), 428 pontos (38%) indicaram que a vítima era originária de outra localidade, ou seja, poderiam estar em situação de tráfico de pessoas.
E, dentre os 448 pontos com registro de crianças e adolescentes em situação de exploração sexual, identificou-se que 69% era do sexo feminino, 22% transgêneros e 9% do sexo masculino.
Por Folha com Hoje em Dia
Foto: Hoje em Dia
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