Um casarão colonial no centro da cidade de Itamarandiba pegou fogo no início da noite desta sexta-feira (9). As chamas atingiram os dois pavimentos do ‘Sobradão’, edificado ainda no ano de 1790. Um caminhão pipa foi utilizado para conter o incêndio e evitar que as residências próximas também fossem atingidas.
Até o momento, não se sabe as causas do incidente, no entanto o imóvel que estava desocupado, de acordo com moradores, não possuía ligação elétrica.
Mas esse não é o primeiro incêndio de grande proporção na cidade. Em 1999, o episódio que ficou conhecido como ‘Abril Vermelho’, consumiu a Igreja Matriz, construção em estilo barroco, na época com mais de 234 anos, uma perda jamais resgatada do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico de Minas Gerais.
Em 2003, de acordo com a Folha de São Paulo, um laudo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais apontou o risco de desmoronamento do ‘Sobradão’ e em construções históricas de outras doze cidades mineiras. Em 2009, o Ministério Público de Minas Gerais instaurou uma ação civil pública e a justiça determinou, liminarmente, que o município de Itamarandiba, bem como o proprietário do imóvel, realizasse obras emergenciais para evitar o desmoronamento ou outro dano irreparável ou de difícil reparação no casarão histórico.
A ação civil pública também previa a obrigação do município e do proprietário do imóvel em restaurar integralmente o edifício histórico no prazo de doze meses, de acordo com projeto técnico a ser elaborado por profissional habilitado aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Itamarandiba e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA.
Ainda de acordo com pedidos do Ministério Público, em trinta dias o município deveria colocar lonas para conter infiltrações; efetuar o escoramento adequado, capina, dentre outros, sob pena de incorrer em multa diária R$ 2 mil. Mas, apesar das recomendações, apenas as obrigações de caráter emergencial foram atendidas.
Com o último acontecimento, a população reclama da ausência de hidrantes nas proximidades de imóveis históricos e de uma unidade do corpo de bombeiros na cidade.
Com informações Blog do Jequi
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