A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, alterou a resolução que proibia a venda de medicamentos sem prescrição médica fora do balcão. Em seu parecer o magistrado aponta que medicamentos atrás do balcão tiram as possibilidades do consumidor comparar os preços.
Agora, com a nova determinação, os remédios voltam a ficar disponíveis nas gôndolas das farmácias, ao alcance de todos os consumidores. A Resolução da Anvisa RDC No 41 foi publicada nesta sexta-feira (27/7), no Diário Oficial da União.
Na prática, os consumidores poderão comprar uma infinidade de comprimidos e cápsulas para dores, febre, alergias, direto das gôndolas, sem passar pelo farmacêutico ou balconista.
Em Guanhães, alguns farmacêuticos desaprovam a nova regra. É o caso da profissional Ilcinéia Gomes Medeiros Miranda, que atua como farmacêutica há 25 anos. “Medicamento é medicamento e não perfumaria. Eles estão voltando com a automedicação visando o lucro e não o bem estar do paciente”, afirmou.
O farmacêutico, Daniel Gonçalves Magalhães também não apoia a nova resolução. Para ele, a automedicação pode mascarar doenças. “As pessoas acham que o medicamento não vai fazer mal porque está ao seu alcance, e não é assim. A maioria é consumida de forma errada, com quantidade errada e até mesmo sem cumprir o intervalo de tempo correto. Além de não fazer bem, a automedicação pode mascarar algumas doenças”, explicou.
Ainda de acordo com a nova norma, os medicamentos de venda livre devem ficar em área segregada à área destinada aos produtos correlatos, como cosméticos e produtos dietéticos, por exemplo, e devem ser organizados por princípio ativo para permitir a fácil identificação pelos usuários.
A resolução também exige que, na área destinada aos medicamentos, cartazes sejam posicionados com a seguinte orientação: “Medicamentos podem causar efeitos indesejados. Evite a automedicação: informe-se com o farmacêutico”.
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