A reportagem narra exatamente o que foi pautada pela Folha e também entrevistou moradores da cidade que demonstraram insatisfação e “olham com desconfiança para a decisão da Igreja em não comemorar a data histórica”. Um dos entrevistados chega a dizer: "Não são 200 dias. São dois séculos. Muita gente passou por essa igreja".
Ainda segundo o texto, o pároco Saint-Clair Ferreira afirmou desconhecer os primeiros registros da matriz e, segundo ele, seria necessário uma minuciosa pesquisa para identificar o início das construções. "Nem se sabe se esses documentos existem ainda, tem que olhar", afirma.
Outro entrevistado pelo veículo foi Roger do Carmo Rodrigues Rocha, que é membro do Conselho do Patrimônio Histórico de Guanhães. Segundo ele, o início da instalação da igreja se deu por meio do Alvará Régio assinado por D. João VI, em 26 de janeiro de 1811. O documento autorizava a construção da igreja.
As obras ocorreram em diferentes etapas e só foi concluída em 1834 e seguiu o estilo barroco. "Antes de levantar os pilares e as paredes, foi colocada uma ermida (pequena igreja) com a imagem de São Miguel no local das obras. O término da construção se deu no auge da exploração de ouro na Serra da Candonga", diz Roger Rocha.
Esta é mais uma demonstração da imprensa em destacar a importância da comemoração desse registro histórico esquecido.
Por Samira Cunha
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