Desde as primeiras horas da manhã, os visitantes, de crianças a idosos, aguardavam a celebração da missa pelo Padre Geraldo Marconi, da Diocese de Paracatu, que começou por volta das 9h. Dona Terezinha Maria de Castro era um deles. Aos 82 anos, a aposentada vai todos os anos para orar pelos pais. “Antes eu costumava fazer novena até o dia de finados, mas a idade na permiti mais”, disse.
Segundo informou a administradora do cemitério de Guanhães e dos distritos, Rosilene da Silva Bento, este ano o número de visitantes foi maior do que o ano passado. “Só na parte da manhã cerca de 1.000 pessoas estiveram presentes. Ano passado, devido a chuva, não tinha tantos visitantes”, comentou.
Movimento que agradou a florista Carla Rodrigues, que há seis anos vende flores no Dia de Finados. “Vendi cerca de 300 peças, mais do que no ano passado. O tempo bom ajudou bastante”, disse. De acordo com a florista, botões de rosa e crisântemos são os que tiveram maior saída.
Uma das clientes foi Lucineide da Silva Gonçalves, de 27 anos. A secretária foi visitar a avó, que morreu no Natal do ano passado. “Não poderia deixar de levar pelo menos uma flor. É a primeira vez que venho para visitar um familiar. A sensação é muito ruim, a gente recorda tudo de novo. Sinto muita falta dela, era como uma mãe pra mim”, contou emocionada. Além das flores, na porta do cemitério, velas também eram oferecidas a familiares e amigos.
Preparação
Antes mesmo do Dia de Finados, muita gente compareceu ao local, na terça-feira (1º), Dia de Todos os Santos, para fazer a limpeza de lápides e depositar flores.
Conforme informou uma das auxiliares de serviços gerais, Maria da Conceição Lourenço, de 63 anos, muita gente se prepara antes do dia de Finados. “Na terça-feira, várias pessoas vieram lavar o túmulo, deixar tudo arrumadinho. Mas tem gente que deixa para a última hora e mesmo não sendo nossa função, pedem ajuda para limpar”, disse Maria que há 25 anos trabalha no cemitério da cidade.
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