Segundo o psicólogo, os casos não são tão raros, e em alguns pontos, chega até mesmo a provocar quedas para quebrar o braço ou se machucar, ou procura objetos que produzam alguma dor ou traumatismo no próprio corpo. “É algo até meio chocante para a pessoa que nunca teve contato com uma pessoa que passa por isso, até por ser algo tão invasivo, agressivo em relação ao próprio corpo, mas infelizmente, há um número crescente de pessoas que têm passado por isso, principalmente jovens e adolescentes”, diz o psicólogo.
O especialista explica ainda que pessoas que chegam a este estágio são sofredoras de angústias a ponto de sentir raiva e vergonha de si mesmas e por isso usam giletes, estiletes, ou qualquer outro objeto cortante para se ferirem. São cortes de menores proporções a princípio. “As pessoas podem pensar que isso é para pessoas loucas, mas não. São pessoas que sofrem. Não necessariamente implica num caso de psicopatia. Às vezes são pessoas ditas normais, são pessoas que se vemos andando nas ruas, jamais desconfiaríamos. Mas essas pessoas sofrem intensamente com esse processo”.
O tema serve como um alerta principalmente para os pais e os jovens que são os principais praticantes do Cutting atualmente. Conhecer o assunto é importante para a prevenção. “É importante ter uma atenção, um olhar diferenciado. A família, às vezes, leva muito tempo pra detectar isso, porque a pessoa costuma se mutilar em locais que não são muito vistos. Evitam a todo custo falar sobre os hematomas ou cicatrizes ou simplesmente falam que foi de alguma queda ou acidente domestico”, diz Tomás, destacando ainda que já nos primeiros sintomas, um psicólogo deve ser procurado para que dê início ao tratamento psicoterápico, onde serão encontradas formas de lidar com o sofrimento.
O programa De Bem com a Vida vai ao ar todas as segundas, quintas e sextas-feiras, às 09h, pela Folha FM, com a participação do psicólogo Leônio Tomás. Sugestões de temas podem ser enviadas para O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
Por Samira Cunha
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