Os cortes nos gastos correntes, como luz e água, o cancelamento de obras e as demissões de comissionados não foram suficientes para garantir que os municípios de Minas chegassem ao fim deste ano, marcado pela crise, com condições de pagar o 13° salário dos servidores em dia.
Segundo levantamento da Associação Mineira de Municípios (AMM), 35% das 853 cidades do Estado não têm orçamento para arcar com o benefício.
O problema, no entanto, não está restrito a essas cerca de 300 prefeituras. Segundo a AMM, 43,9% dos municípios pesquisados disseram estar com dificuldades para pagar a folha de pagamento e o 13º juntos e podem ter que priorizar um ou outro.
De acordo com os administradores, a principal razão para o atraso é a queda dos repasses federais e estaduais, principalmente o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o primeiro repasse de novembro foi 19% menor em relação ao mesmo mês do ano passado. Essa transferência acontece duas vezes ao mês.
Pesquisa
Levantamento. Os dados foram coletados entre 29 de outubro e 12 de novembro, por amostragem. A Associação Mineira dos Municípios ouviu 250 prefeituras, das 853 de Minas Gerais.
Dois terços vão pagar só em dezembro
A maioria dos prefeitos mineiros irá aguardar até o último instante para quitar o 13º salário. Segundo a Associação Mineira de Municípios (AMM), 76% pretendem pagar o benefício em uma parcela, mas em dezembro. Apenas 23% daquelas que ainda não quitaram a primeira parcela pretendem fazê-lo em novembro.
Por O Tempo/ Edição Folha
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