Durante o Carnaval, é comum alguns foliões optarem por fazer suas refeições fora de casa, em barraquinhas de rua, por exemplo. A opção acaba sendo por uma questão de comodidade – pois, assim, é possível continuar aproveitando a festa e ainda matar a fome.
Um dos perigos está justamente aí. Nesta época de folia, os vendedores ambulantes estão por toda parte e muitos não são do segmento e estão apenas fazendo um “bico extra”.
A falta de profissionalização e, consequentemente, higiene, leva ao aumento dos riscos de eventos de doenças veiculadas por alimentos.
A dificuldade de fiscalização aliada à diminuição da resistência individual das pessoas (cansaço, má alimentação, bebidas, poucas horas de sono etc.), fazem com que as bactérias e outros microrganismos também “caiam na folia”, promovendo um verdadeiro “Carnaval de rua” ou de vários locais cujos salões são as pessoas desavisadas e seus filhos.
Para que os vilões das alimentações não atrapalhem o seu Carnaval, o biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria, fala sobre alguns cuidados indispensáveis.
Cachorro quente e salsichão
Perigo: bactéria Listeria monocytogenes e Salmonela.
Consequências: diarreia, cólicas abdominais, vômitos e febre. Pode causar até aborto em casos graves.
Erros: consumir a salsicha crua ou com maionese caseira.
Prevenção: cozinhar bem a salsicha, deixando-a totalmente imersa na água fervente. A maionese consumida deve ser industrializada.
Churrasquinhos e espetinhos
Consequências: De 8 a 12 horas após o consumo podem surgir diarreia e cólicas abdominais fortes por 24 horas.
Erro: consumir a carne malpassada ou deixá-la mal refrigerada.
Prevenção: prefira o churrasquinho feito na hora e bem passado. Deve-se evitar passar o churrasquinho na farinha, que pode ter sido contaminada.
Milho verde cozido
Perigo: presença da bactéria Bacillus cereus.
Consequências: De 8 a 12 horas após o consumo podem surgir diarreia e cólicas abdominais fortes por 24 horas.
Erros: deixar o milho numa temperatura inferior a 60 ºC por mais de duas horas.
Prevenção: manter o alimento aquecido a mais de 60ºC.
Amores de Carnaval
Segundo o Dr. Bactéria, o beijo é “uma troca de carinho, mas também de bactérias”. “O ideal é se preocupar com a qualidade e não quantidade de beijos”.
O beijo pode trazer doenças como sapinho e candidíase bucal (fissura no lábio), ocasionado pelo microrganismo Candida albicans.
Outra enfermidade conhecida é monocleose infecciosa, a “doença do beijo”, na qual a pessoa pode sentir os sintomas (gripe e ínguas) depois de três a quatro semanas. Depois de curada, essa pessoa pode transmitir a bactéria por até seis meses.
Por O Tempo
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