Ele é um pouco maior do que uma régua de 30 centímetros, mas a ação predatória da humanidade fez com que entrasse na lista nacional de espécies da fauna ameaçadas de extinção, publicada pelo Ministério do Meio Ambiente, em dezembro de 2014.
Único quelônio de água doce ameaçado no Brasil, o cágado-do-paraíba ou cágado-de-hogei, um dos quelônios mais ameaçados do mundo e com risco extremamente crítico de ser extinto, ganhou agora uma proteção para poder continuar a povoar a terra.
A Fundação Biodiversitas acaba de inaugurar a Reserva Ninho da Tartaruga, em Tombos, na Zona da Mata de Minas Gerais. São cerca de 100 hectares, às margens do rio Carangola, adquiridos pela instituição com o apoio da Rainforest, Trust e Turtle Survival Alliance, ambas instituições norte-americanas, sendo que a primeira é voltada para a proteção de florestas tropicais e espécies ameaçadas e a segunda tem foco na conservação de quelônios ameaçados em todo o mundo.
“Trata-se da primeira reserva dedicada a uma espécie da fauna de água doce em nosso país. A proteção e o manejo do seu hábitat associada ao estímulo à participação das comunidades locais nessa iniciativa traz uma esperança para a recuperação da espécie”, informa a bióloga Gláucia Drummond, Superintendente Geral e Presidente da Fundação Biodiversitas.
A expectativa da entidade é que com a reserva, além do cágado outras espécies também sejam preservadas. “Áreas protegidas como as que a Fundação Biodiversitas possui e administra são importantes também para a pesquisa científica, além da proteção se estender pelos ecossistemas onde a reserva está inserida”, destaca.
O primeiro passo foi a regularização fundiária. Depois, a ONG pretende cercar a área, construir a sede e a base de pesquisa, casas para auxiliares de campo, entre outros.
Por Hoje em Dia
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