Será que o amor supera tudo? Na história de Charmen Rodrigues (33anos) e Alice Cristina (27), a resposta é sim. Pelo menos quando o assunto é uma enorme distância que não os impediram de viver um grande e verdadeiro amor.
Para os ‘aversos’ ao romantismo, pode parecer piegas, mas a história é bonita de se contar e começou há cinco anos, em plena Copa do Mundo, quando Alice viu seu futuro amor pela primeira vez na cidade onde mora, Virginópolis.
“No primeiro momento, ele não me chamou atenção. Mas certo dia ele resolveu marcar um encontro e fomos para uma pizzaria, depois fomos para um salão de festas, onde entre um papo e outro, comecei a me interessar por ele e resolvi tomar a iniciativa, já que ele era um pouco tímido”, contou.
Para Alice, aquele momento foi muito especial. “Eu senti que ele era o homem da minha vida, senti como se minha alma festejasse aquele encontro”, compartilhou, dizendo ainda que a partir desse dia, começaram a se ver sempre.
A felicidade reinava entre eles, até o momento em que destino resolveu ‘pregar uma peça’ no recém-casal, e o amor que começava a surgir, foi colocado à prova. Charmen, que estava a trabalho em uma empresa de usina elétrica na cidade, foi mandado embora, e teria que voltar para Dianápolis, no estado de Tocantins, sua terra natal.
“Quando descobriu, ele ficou sem jeito de me contar, porque sabia que se fosse embora não me veria mais, já que sua terra natal fica a 1.600km de onde moro. Como nada fica escondido, eu descobri sua demissão. Aquilo foi horrível, me deu uma tristeza muito grande e sem pensar em nada resolvi ir embora com ele, sem me preocupar com a distância e a cultura totalmente diferente da que eu vivia”, confidenciou.
A atitude de Alice foi criticada por muitos, ao abandonar tudo e ir atrás do amor em que acreditava. “Todos me criticaram, pois fui com minha filha de um relacionamento anterior, que tinha apenas 1 aninho, para um lugar que eu não conhecia ninguém e com um homem que eu conhecia há quatro meses. Mas não me importei, pois sabia que se eu não fosse, estaria abrindo mão do homem da minha vida”, revelou.
Durante nove meses, Alice se esforçou para se adaptar a nova cultura, mas com o tempo começou a sentir falta do lugar onde cresceu e construiu sua vida. “Com o tempo vi que não ia me acostumar com o lugar, fiquei muito deprimida, mas não queria contar isso a ele, para não decepcioná-lo”.
A jovem, que na época tinha 23 anos, já estava decidida a voltar, mas com a condição de que Charmen viesse junto. “E mais uma vez o amor nos uniu diante de mais um obstáculo. Ele não queria vir por medo de abusar da bondade da minha mãe, pois iríamos morar na casa dela, mas ao ver o meu sofrimento e angústia, ele resolveu largar a família dele e vir morar comigo”.
Em questão de dias, o casal já estava em Virginópolis. Para felicidade deles, em uma semana, Charmen já estava empregado. “Com tudo definido, resolvemos ter um pequeno fruto do nosso amor, já que ele tem um filho de outro casamento e eu também já tinha uma filha. Eu acabei engravidando de um menino lindo e ela ama minha filha como se fosse dele”.
No próximo mês, o casal que se selou a união em julho de 2011, completa mais um ano de muito amor e resiliência. “No dia 30 de julho completaremos quatro anos de casados, dentro desse tempo nunca dormimos chateados um com o outro; nossas poucas e raras brigas nunca duraram mais do que duas horas. A base do nosso relacionamento é o imenso e inexplicável amor que sentimos um pelo outro”.
E par aos incrédulos no amor entre genro e sogra e vice-versa, Alice contou que o marido, que assim como ela tem uma tatuagem com as iniciais de ambos, pretender fazer uma homenagem a sua sogra: tatuar o nome dela, em agradecimento por tudo que ela tem feito por eles.
Por Folha
Fotos Arquivo Pessoal
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