A qualificação para o mercado de trabalho é a proposta do programa de oficinas da Apae Guanhães. Coordenado por Anelize de Sena, com o apoio de outras duas professoras, o trabalho oferece oportunidade na oficina de reciclagem e na de picolé.
Num espaço amplo, eles preparam a matéria prima para a confecção de caixas nos diversos tamanhos e modelos. Com o material pronto, eles cortam os moldes em máquinas apropriadas e seguem cada processo até a montagem das caixas.
Pequenas, grandes, no formato de bichinho ou nos mais simples, não importa. Eles se dedicam com amor e profissionalismo. “Tudo isso eles aprendem aqui. Nosso principal objetivo é colocar os alunos no mercado de trabalho. Além dessa parte prática, também são aplicas dinâmicas e atividades que desenvolvem autonomia e noção do mercado de trabalho”, explica a coordenadora Anelize de Souza.
Já na oficina de picolé, as exigências são ainda maiores. Para entrar na cozinha, é necessário se equipar com luvas, jaleco, touca e máscara. São os próprios alunos que fabricam o picolé, embalam e vendem. Todas as sextas-feiras, eles enchem os carrinhos e vendem pelas ruas da cidade com preços mais acessíveis e uma qualidade competitiva. Além disso, os picolés também são feitos sob encomenda para festividades.
Tanto a produção da oficina de reciclagem quanto a da oficina de picolé, é convertida em investimentos para o sustento das próprias oficinas.
No mercado
E se o objetivo é levar os alunos para o mercado de trabalho, está sendo alcançado. Exemplo disso é Maria do Carmo dos Santos, que há um ano foi contratada para o setor de serviços gerais em uma empresa de logística da cidade e tudo com os devidos direitos. “Eu trabalho meio período e com carteira assinada. Estou muito mais feliz desde que comecei a trabalhar”, conta Maria do Carmo.
Outro aluno foi contratado para trabalhar num supermercado da cidade, mas este já não frequenta mais as oficinas. “Ele foi para este supermercado para um período de aprendizagem e ter experiência para montar o primeiro currículo, mas acabou sendo contratado. E agora trabalha o dia inteiro, não vem mais às aulas da APAE. Começou com meio período e agora trabalha em tempo integral. Ele, deficiente auditivo, mostrou que é capaz e já está no emprego há quatro anos”, conta a Coordenadora Anelize.
Por Samira Cunha
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