O calor e o medo da escassez da água têm provocado uma corrida por água mineral as prateleiras de supermercados, indústrias e distribuidoras de bebidas. Em alguns estabelecimentos de Guanhães, a procura, principalmente por galões de 20 litros, já é muito maior em comparação com o verão passado. Mas você sabia que a água mineral tem data de vencimento?
Para o proprietário da Distribuidora JN, Jozeli de Oliveira Coelho, não é costume dos consumidores na hora da compra olhar o prazo da validade. Ele informou também que a média do vencimento do galão de água é de um ano e do vasilhame de três anos. “Com a crise hídrica, a procura por galão de água teve um aumento na ordem dos 15%”, conta o proprietário. Em média, na Distribuidora JN são vendidos por dia 30 galões de água de 20 litros.
De acordo com o auxiliar de escritório da Distribuidora Guarani, Luciano Junior, desde o início da crise da água, o número de pessoas que procuram por água teve aumento de 80%. “Atualmente vende-se cerca de 1200 litros de água por dia, enquanto antes vendíamos cerca de 500 litros ao dia”, afirma.
Segundo Luciano Junior, o consumidor não olha a data de vencimento, “eles sempre se preocupam em olhar mais o preço”, diz.
Apesar de a crise hídrica fazer com que mais pessoas busquem galões de água, algumas distribuidoras ainda não sentiram o aumento nas vendas. O proprietário da Distribuidora G3, Cristiano Garcia, afirma que as vendas continuam a mesma do ano passado, “são vendidos uma média de 100 litros de água por dia, mas as vendas não tiveram aumento”.
Consumidor atento x desatento
Na pesquisa realizada pela reportagem da Folha, a maioria dos consumidores sabe que os galões de água e garrafas de água mineral tem prazo de validade, mas não é hábito dos guanhanenses conferir esse prazo.
A bancária, Maria Aparecida Gomes Ferreira, moradora do bairro Recanto da Serra, disse saber da existência da data de vencimento. “Acho de extrema importância olhar, mas a maioria das pessoas não olha. Se nem os produtos eles olham imagina o galão de água; isso é hábito dos brasileiros”, conta a consumidora de galões de água mineral.
Já o comerciante de 39 anos, Emerson Macedo, morador do Colina Verde, diz que é consumidor frequento do produto, e que esta prática teve início há pelo menos dois anos. “Sei que existe a data de vencimento, mas não olho, aliás, acho que nunca olhei isso”, observou.
A frentista de 25 anos, Rosamística Aparecida de Lima, da cidade de Dores de Guanhães, é outra consumidora da água mineral que nunca se atentou para a data de vencimento. “Eu uso água mineral de garrafinha porque onde trabalho não tem água tratada. Até então não tinha reparado isso, mas sei que é muito importante olhar a data de todos os produtos”, contou.
Por Folha com colaboração de Diego Rafael, estagiário Folha
Foto: Internet
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