Os Centros de Formação de Condutores tem até o dia 31 de dezembro deste ano, para adequarem à nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
A resolução obriga novamente o uso de simulador de direção para candidatos que vão tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o que tem gerado opiniões divergentes entre os quem estudam o simulador e também entre profissionais de autoescolas em Guanhães.
A reportagem da Folha conversou com o Diretor da AutoEscola Diferencial, André Luiz, que tem uma opinião contrária à nova resolução.
Segundo ele, os simuladores não poderão cumprir o pretendido, que é evitar os riscos de acidentes, porque não retratam a realidade da direção nas ruas.
Ele afirma ainda que nos casos de colisão e buracos, por exemplo, as reais sensações não podem ser sentidas pelo candidato através de um simulador.
André ressalta que além de tudo isso, o investimento desses equipamentos pode ser mais alto do que a compra de um próprio carro, além das mensalidades que as autoescolas terão de pagar pela manutenção do Software. “Tudo isso ainda vai aumentar o custo do processo de habilitação, o que é mais um ponto negativo”, opinou.
A opinião da sócia administrativa da autoescola Dângela, Juliana Godinho, já é bem diferente. Para ela, os simuladores sempre foram muito benéficos, desde a primeira vez que foram exigidos. “Os alunos sempre tiveram muito interesse pelo simulador. Ficamos muito tristes aqui na autoescola quando eles pararam de ser usados”, revelou.
Juliana acredita que o simulador faz com que todos os alunos dirijam em todas as circunstancias: chuvas, neblina, aquaplanagem, o que nem sempre pode ser vivenciado nas aulas de ruas, e faz parte do aprendizado de qualquer motorista.
Após diversos adiamentos, os simuladores chegaram a ser obrigatórios no início do ano passado, mas devido às reclamações de muitas autoescolas, o Contran voltou atrás.
Atualmente apenas quatro Estados (Rio Grande do Sul, Acre, Paraíba e Alagoas) exigem simuladores. Segundo o Ministério das Cidades, o pedido da volta da obrigatoriedade partiu dos Detrans de todo o país, e a regra também vai valer para quem desejar mudar de categoria.
Por Folha com informações Defato Online
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