No mês de setembro, a partir de 2015, haverá um movimento de conscientização da população sobre a realidade do suicídio. Assim como já existe o ‘outubro rosa’, lembrado pela prevenção do câncer de mama, e o ‘novembro azul’, feito para conscientizar sobre as doenças masculinas, o ‘Setembro Amarelo’ foi criado para mostrar a realidade sobre o suicídio.
Segundo a Assessoria do Centro de Valorização da Vida (CVV), a cada suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas. O suicídio é considerado um problema de saúde pública e um brasileiro morre deste mal a cada 45 minutos. No mundo, o número cresce para um a cada 45 segundos.
Segundo Carlos Correia, voluntário do CVV, entidade que atua gratuitamente na prevenção do suicídio há 53 anos, as pessoas que tentam suicídio pedem ajuda, mas, normalmente, não são compreendidas. “Deixar de falar sobre o assunto só colabora para esse distanciamento social”, comenta.
“O assunto suicídio deveria fazer parte, de forma muito natural, da roda de amigos, nas escolas, casas religiosas e dentro das casas”, finaliza.
O movimento Setembro Amarelo é estimulado mundialmente pela Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio (IASP) e consiste em iluminar ou sinalizar locais públicos com faixas ou símbolos amarelos.
No Brasil, uma das instituições que está promovendo a causa neste ano é o CVV. Suas 70 sedes em todo o país vão colocar uma faixa amarela na fachada, e seus voluntários buscam o apoio de municípios, estados e da federação para iluminar ou identificar monumentos e prédios públicos durante todo o mês de setembro.
Números
Uma pesquisa do núcleo de epidemiologia psiquiátrica da Universidade de São Paulo (USP), realizada em 2010, concluiu que 9,5% dos brasileiros já tiveram pensamentos suicidas e 3,1% tentaram tirar a própria vida.
Por Site "Olhar Direto" Edição Folha
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