Mais uma vez os consumidores vão sentir o peso no bolso. A Petrobras aprovou na terça-feira (29), o aumento de 6% para gasolina e 4% para o diesel nos preços de venda na refinaria, que já começou a ser repassado.
Uma pesquisa realizada pela reportagem da Folha, em alguns postos de Guanhães, o litro dos combustíveis ficou mais caro, mas a previsão é que o repasse seja feito integralmente até sexta-feira.
Em dois postos pesquisados, o litro da gasolina subiu de R$ 3,59 para R$ 3,79, um aumento de R$ 0,20. Já em outro posto da cidade o aumento foi de 4,88%, o litro subiu de R$ 3,49 para R$ 3,67.
Consumidores
O estagiário de comunicação da Folha FM, Diego Rafael, foi às ruas da cidade para saber a opinião de quem mais sofre com esse aumento.
Para o motorista José Francisco, de 47 anos, o aumento já está abusivo. “Eu acho que não pode aumentar mais porque já está demais, pra mim já está muito”. José ainda disse que mesmo com o aumento não tem como economizar e utilizar menos o carro, já que precisa dele para trabalhar.
Em conversa com o profissional autônomo Carlos Nunes, 50 anos, ele acredita que o aumento dos impostos seja consequência de nossas ações, e que mesmo com o acréscimo no preço da gasolina, vai tentar economizar.
Já para o comerciante Adão Pereira da Silva, 26 anos, o jeito agora é cortar os gastos. “É uma barbaridade porque um cidadão que ganha apenas um salário mínimo e precisa do carro para se locomover, não consegue pagar todos os outros impostos e mais a gasolina”, desabafou.
Impacto
O aumento vem em um momento de crise, em que a estatal tem de lidar com uma dívida crescente, com a queda dos preços do petróleo e com denúncias de corrupção.
Embora os preços internacionais tenham caído dramaticamente, o enfraquecimento do real contra o dólar neste ano significa que os preços na bomba no Brasil permanecem baixos.
O aumento deve dar maior impulso à já elevada inflação do Brasil. O reajuste deve ter impacto direto de cerca de 0,20 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já no mês de outubro, segundo analistas.
Por Folha com colaboração estagiário Diego Rafael
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