Sinais de desaceleração da economia chinesa intensificaram o clima de aversão ao risco entre os investidores nessa segunda-feira (27), derrubando as Bolsas globais e pressionando a cotação do dólar para cima.
Internamente, a preocupação com o quadro político e econômico do Brasil elevou o grau de tensão no mercado.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com valorização de 0,64% sobre o real, cotado em R$ 3,356 na venda. É a maior cotação nominal desde 28 de março de 2003, quando estava em R$ 3,373 –em valor real (descontadas as inflações do Brasil e dos EUA no período) seria em torno de R$ 5,285.
Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,47%, para R$ 3,364. É também o maior valor de fechamento desde 28 de março de 2003, quando estava em R$ 3,372.
No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, caiu 1,04%, para 48.735 pontos –maior valor desde 13 de março, quando estava em 48.595 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,913 bilhões. Foi a sétima queda consecutiva do indicador.
A China informou nesta segunda que está preparada para comprar ações para estabilizar o mercado acionário e evitar "riscos sistêmicos". Mas a avaliação é que o pouso forçado da segunda maior economia do mundo deve continuar empurrando para baixo os preços de algumas importantes commodities, como o petróleo.
Com isso, as ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, cederam 5,28% nesta segunda-feira, para R$ 9,51. Investidores seguiram aguardando as deliberações da reunião do conselho de administração da estatal na última sexta-feira.
Por O Tempo
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