Um mês depois da data prevista para retomada das aulas no segundo semestre, estudantes de boa parte das universidades federais em Minas Gerais não fazem a menor ideia de quando retornarão às salas de aula.
Das 11 instituições do estado, o semestre letivo não começou em quatro: Juiz de Fora (UFJF), Ouro Preto (Ufop), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e Lavras (Ufla).
A greve dos técnicos administrativos em educação, que já soma quase 100 dias, juntaram-se professores de muitas das instituições. Sem negociação com o governo federal, a paralisação prossegue e não há previsão de retorno e a comunidade acadêmica já trabalha com a possibilidade de o calendário se estender por 2016.
Alunos e funcionários das federais sofrem ainda com os cortes de R$ 1,9 bilhão anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) para este ano. O problema financeiro afeta a graduação e os cursos de pós-graduação, que tiveram que remanejar as atividades previstas diante de cortes de até 75% das verbas para custeio.
A redução de 10% no custeio e 47% em verbas de capital deixa em situação difícil até mesmo as instituições em que as aulas foram retomadas, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com informações repassadas por essas instituições, os cortes, somados, ultrapassam R$ 170 milhões em Minas.
Por Estado de Minas/ Edição Folha
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