As eleições deste ano estão entre as mais violentas já registradas nas últimas décadas no país. Em nove meses, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo menos 20 pré-candidatos ou candidatos ao pleito municipal já foram assassinados no Brasil. De junho para cá, são no mínimo dez homicídios e 27 atentados a políticos, a maioria envolvendo armas de fogo, conforme levantamento do Hoje em Dia.
Ontem, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, reconheceu que houve um aumento na demanda por integrantes das Forças Armadas para reforçar a segurança durante o período eleitoral neste ano. “Há um crescimento sim. A média histórica fica em torno de 300 municípios, e nós já estamos em 408 municípios, engajando 25 mil homens em 14 Estados”, disse.
O promotor de Justiça Edson Resende Castro, coordenador do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (CAEL), também está surpreso com o aumento dos casos de violência.
“Não me lembro de termos registrado homicídios na última eleição. É mais uma questão de rixas regionais. Nas cidades menores, as eleições são muito apropriadas por famílias. Perder a eleição significa perder para a família adversária. É um processo muito mais apaixonado”, avalia.
Por Hoje em Dia
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