Se a eleição em algumas cidades foi muito concorrida por conta da grande quantidade de candidatos disputando a vaga de prefeito, em 16 cidades de Minas faltou concorrência.
É que nesses 16 pequenos municípios, apenas um candidato se inscreveu para disputar o pleito, como foi o caso de Carmésia, que com 2.446 habitantes foi o único da região que teve apenas um candidato a prefeito.
Mário César Silveira, que é natural de Guanhães e governa a cidade de Carmésia desde de 2012, foi reeleito com 1.436 votos, ou seja, 75,45 % dos votos de quem compareceu às urnas (1.904 eleitores). 135 pessoas votaram em branco e 333 anularam o voto. O número de abstenção na cidade foi 365.
Um candidato disputando o pleito
Segundo um especialista em direito eleitoral, Leonardo Batista, a situação é pouco comum no Brasil e não há uma legislação específica para os casos de candidatura única. Ele explica que os postulantes podem ser eleitos desde que tenham pelo menos um voto a seu favor.
“Nesses casos, basta um voto válido a favor do candidato, ou seja, que não seja branco ou nulo, já que estes não são contabilizados na apuração. Com a maioria simples de voto ele é eleito automaticamente. O candidato só não vence se não houver nenhum voto válido. Isso acontece independente da quantidade de eleitores”, explicou.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acrescenta que, apesar de existir a possibilidade do candidato ser eleito com apenas um voto, essa situação seria questionada pelo Ministério Público Eleitoral estadual "sob o ângulo da legitimidade desse candidato eleito exercer o cargo de prefeito sem que tenha representatividade mínima dos eleitores".
Por Folha com G1
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