O motivo do crime que chocou Guanhães nesta quarta-feira (13) ainda é um mistério. No centro da cidade, foi morto durante a madrugada de quarta-feira (13), André Francisco Ribeiro (32), morador do Bairro Turmalina em Governador Valadares.
Segundo a Polícia Militar, a história começou quando um morador de Guanhães chegou à delegacia, após receber um tiro no braço. Ele contou que estava na Avenida Milton Campos, sentido ao Terminal Rodoviário e parou na rotatória para ver se conhecia dois homens que estavam parados na esquina da Avenida com Rua Cônego.
Em seguida, uma mulher com nome de iniciais L.M.C. (30) chegou mandando ele ir embora e logo os homens atiraram contra ele. A vítima foi levada para o Hospital Imaculada Conceição, mas como o projétil ficou alojado no braço, precisou ser transferido para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
Homicídio
Momentos depois, a Polícia Militar foi acionada a comparecer no estacionamento do Terminal Rodovário, onde André Francisco Ribeiro foi encontrado morto, com aproximadamente sete perfurações na cabeça, uma no braço esquerdo e outra na região lombar.
A história parece complexa. O Boletim de Ocorrência diz que ele e o amigo P.H.P.S.S. (16), se envolveram em uma briga na cidade de Virgolândia. A briga foi com o atual marido da ex-amásia de André que não gostou de vê-lo próximo à casa deles. Com essa confusão, os dois amigos fugiram, mas acabaram abordados pela PM na cidade de Coroaci, e conduzidos para a Delegacia de Guanhães.
E esta foi a forma como chegaram até Guanhães. Liberados na Delegacia, por volta da meia noite, saíram à procura de um lugar para dormir e se hospedaram em um hotel no centro da cidade. A mulher que abordou a primeira vítima, chegou no hotel por volta das duas horas da manhã, quando já estavam dormindo e chamou André para ir com ela até o Terminal Rodoviário para comprar cigarros.
O crime aconteceu quando retornavam para o hotel, dez minutos depois. O que intriga no caso é que a mulher deixou o cenário do crime, retornou para o hotel e não acionou a Polícia. Ela foi encontrada pelos militares por volta das 05h20, conversando com o amigo de André no quarto no hotel.
A mulher afirma não conhecer os homens que atiraram, mas também não soube explicar porque não chamou a polícia. Apenas informou que os dois autores estavam armados, têm aproximadamente 25 anos, estatura média e vestiam blusas com capuz. Um deles estava de calça jeans e o outro de bermuda.
Ela conta que não sabe por que começou o tiroteio e que André fugiu sentido à Rodoviária, mas foi perseguido.
Nas proximidades do local do crime, a Polícia Militar recolheu 16 cápsulas deflagradas de calibre 380 e um cartão de crédito que não pertence à vítima.
Uma testemunha relatou que enquanto André andava pela rua procurando por hospedagem, ele teria encontrado com dois homens, próximo à Rodoviária e que contou que os dois haviam cumprido pena com ele na Penitenciária da Paca, em Valadares.
Investigações
De acordo com as primeiras investigações da Polícia Civil, três envolvidos foram ouvidos na tarde desta quarta-feira, e nesta quinta, serão outros dois, sendo todos de Governador Valadares. “Ainda estamos apurando e as informações não são muitas. O médico vai finalizar o laudo sobre quantos tiros atingiram André, mas já sabemos que teve na cabeça e no braço”, conta a delegada Meire Cardadeiro.
O crime ainda feriu uma pessoa que, até o momento, é vista como inocente. Com um tiro no braço, ele foi socorrido para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. “Até o momento, ele parece não ter tido nenhum envolvimento com a confusão, mas tudo será apurado”, comenta Meire Cardadeiro.
Ainda segundo a delegada, a Polícia Civil investiga agora sobre quem seriam os autores e a motivação do crime. “Não sabemos se foi por conta própria ou se alguém mandou matar. Então temos que aguardar para entender o caso”, finaliza.
Vítima de homicídio em Guanhães já foi julgada pelo mesmo crime
Por Samira Cunha
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