A tragédia em Felixlândia, que deixou famílias de diferentes cidades em estado de choque, ficou mais trágica depois que o delegado responsável pelo inquérito, André Pelli, informou no início do mês que mais dois funcionários morreram. Segundo o delegado, a data das mortes ainda não foi confirmada. “Estou aguardando o atestado de óbito para anexá-los no inquérito”, disse.
Entre as vítimas fatais foi identificado Jadson Gonçalves Lage, de 29 anos, da cidade de Dores de Guanhães. Na época, a família não quis se pronunciar, apenas informou que ele trabalha há alguns anos na empresa.
O motorista do ônibus prestou depoimento no último dia 20, ainda no Hospital Imaculada Conceição, em Curvelo, onde estava internado. Após o acidente, ele ficou em estado de choque e chegou a dizer que o ônibus perdeu os freios e que não pode controlar a direção. No entanto, a polícia não acreditou na versão dada por ele. Conforme o delegado, ao final do processo o homem deve responder por homicídio culposo, quando não tem intenção de matar. O condutor da carreta e os motoristas de dois carros batedores já foram ouvidos.
Relembre a tragédia
O trágico acidente ocorreu no dia 17 de março na BR-040, em Felixlândia, na região Central de Minas, matou 17 passageiros do ônibus, que eram levados de Paracatu, no Noroeste de Minas, para Ipatinga, no Vale do Aço. Os passageiros eram trabalhadores de uma mesma empresa e o veículo onde eles estavam se chocou com uma carreta que transportava um suporte de turbina eólica.
Segundo trabalhadores que não se feriram, o tubo de aço transportado pelo caminhão, que seguia em direção contrária, teria se chocado ao ônibus, enquanto este veículo tentava uma ultrapassagem. O tubo rasgou toda a lateral esquerda do ônibus. Todos os mortos e feridos graves estavam sentados deste lado.
Os corpos foram enterrados no dia 19, nas cidades de origem dos operários como Ipatinga, Belo Oriente, Vargem Alegre, Ipaba e Dores de Guanhães.
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