A Polícia Federal realizou neste domingo (6) operações em pelo menos 8 estados para combater fraudes contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que aconteceu neste final de semana.
Mediante as investigações, foram descobertas fraudes de candidatos que pagavam entre R$ 150 mil a R$ 180 mil por um gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio.
Uma das operações foi conduzida em Montes Claros (MG) e teve como alvo uma organização criminosa suspeita de fraudar processos seletivos para universidades e que teria também agido no Enem. As investigações começaram há 15 dias e a PF acompanhou de perto a ação das quadrilhas.
A tecnologia usada pelo grupo criminoso responsável pela fraude possibilitava que o resultado chegasse a qualquer lugar do país e permitia ainda a comunicação entre quem repassava as respostas e quem as recebia. Na noite desse domingo, o Fantástico revelou detalhes da operação Embuste e como funcionava a fraude.
Segundo as informações divulgadas, as respostas eram transmitidas em tempo real para candidatos de três cidades em Minas: Capelinha, Belo Horizonte, Sete Lagoas.
Em Capelinha, a candidata suspeita de receber as respostas é Sofia Azevedo Macedo, natural de Carbonita (MG). Em um áudio divulgado na edição de ontem do Fantástico, ela se comunica com um dos integrantes da quadrilha, Jonathan Galdino dos Santos, no momento da prova por meio de tosses.
O cabeça da organização criminosa, ainda segundo as informações, é Rodrigo Ferreira Viana, um ex-estudante de medicina, de Ipatinga. Rodrigo contratava pilotos, que são alunos ou professores que fazem as provas e repassam as respostas via celular.
O aparelho que recebia a ligação é do tamanho de um cartão de crédito, tinha um chip semelhante aos dos celulares, e ficava preso no peito do candidato, debaixo da roupa. Esse cartão mandava a ligação para um ponto eletrônico que ficava dentro do ouvido do candidato, do tamanho de uma bateria de relógio.
De acordo com informações da PF, 11 pessoas foram presas.
Por Folha com informações G1
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